Inteligência Artificial

O fim da criatividade

Miguel Fernandes

31 de março de 2025 às 09:35

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Recentemente, coloquei as mãos no mais novo modelo de geração de imagens da OpenAI.

Autor/Exame

Assim que bati o olho nos primeiros resultados, fiquei surpreso com o realismo e a precisão do estilo visual – seja retrô futurista, seja no formato de filme antigo, ou, para meu espanto, no traço suave e hipnótico característico dos clássicos do Studio Ghibli.

Facebook/Captura de tela/Reprodução

Minha primeira reação foi genuíno deslumbre. Uma simples descrição do tipo “cidade brasileira à la Miyazaki, com ruas coloridas e nuvens oníricas” bastou para o sistema produzir algo que parecia ter saído direto de A Viagem de Chihiro.

No entanto, não demorou muito para eu me lembrar da famosa declaração do próprio Hayao Miyazaki: ele não apenas não aprova a IA, como a considera um insulto à vida humana.

Pin People/Divulgação

Uma ironia quase inevitável: estamos homenageando e popularizando o estilo de um artista que claramente discorda desse uso tecnológico.

O fim da criatividade