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Adeus, longo prazo? Nova tributação trará revolução para a indústria de fundos; entenda

Rebecca Crepaldi

12 de junho de 2025 às 16:20

Dney Justino / Audiovisual / PR/

As medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que servem como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), deixam o mercado agitado. Isso porque, entre elas, está o aumento de impostos para todas as aplicações financeiras.

Mudanças estruturais poderão ser vistas nos fundos de investimento, é o que aponta Leonardo Ono, head de crédito privado da Legacy Capital.

“Não vai ter mais fundo de longo prazo, nem de curto prazo”, explica.

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O que acontece é que o governo propõe a implementação de uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda (IR) sobre rendimentos de aplicações financeiras. Hoje, os investimentos são tributados de forma regressiva: 22,5% (até 180 dias), 20% (de 181 até 360 dias), 17,5% (de 361 até

Qualquer fundo de investimento está sujeito a dois regimes tributários, um de longo prazo e um de curto prazo. Para ter esse regime de longo prazo, o fundo precisa ter o prazo médio da sua carteira acima de 365 dias.

“Na prática, isso forçava os gestores de fundo a usarem uma parte do caixa do fundo para comprar títulos do Tesouro com prazo de vencimento longo, por exemplo”, afirma.

Joédson Alves/Agência Brasil

Com essa equalização do IR em 17,5%, segundo o especialista, deve ser extinta a questão de dois regimes de tributação. “Ao 'cair por terra', você tira essa necessidade de ficar se preocupando em prazo médio da carteira, em título longo.”

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