7 de julho de 2025 às 16:29
Driblando a Selic a 15%, a C&A (CEAB3) subiu 155,87% no acumulado do primeiro semestre.[/grifar] Bons fundamentos é a resposta? Para o Santander, a ação está ainda barata — apesar de mais do que dobrar de valor, alcançando os R$ 19,77 na última sexta-feira, 4.
“C&A parece estar sendo negociada abaixo do que a qualidade de seus lucros justificaria. Se tudo o mais permanecer constante, essas ações poderiam, em nossa visão, merecer múltiplos de valuation mais elevados”, pontuam Aline de Souza Cardoso e Guilherme Bellizzi Motta.
Segundo o banco, apesar de atuar em um ambiente competitivo, a companhia se sobressai por sua elevada conversão de fluxo de caixa, sustentada por uma gestão disciplinada de capital de giro e forte foco em eficiência operacional.
Esse movimento de empresas com alta pontuação seria possível graças à capacidade de manter níveis elevados de depreciação como percentual da receita, ao mesmo tempo que mantêm uma necessidade relativamente baixa de capital de giro.
E quando o Santander diz “alta pontuação” se refere ao earnings quality score (qualidade de lucro), uma metodologia desenvolvida pelo banco para identificar empresas cujos lucros contábeis são realmente sustentados por caixa.
Essas empresas, segundo o relatório, tendem a ter valorações mais altas e lucros mais sustentáveis ao longo do tempo — em que a C&A aprece com 80,28 de score, o que a coloca na décima posição de 82 empresas.