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O maior da região? Mercado Pago vai pedir licença para atuar (ainda mais) na Argentina

Letícia Furlan

29 de maio de 2025 às 10:54

Mariano Garcia Gaspar / Getty Images/

O Mercado Pago deve solicitar uma licença bancária ao Banco Central da Argentina para desenvolver mais seus serviços fintech no país.

Mercado Livre/Divulgação

O movimento condiz com sua abordagem em outros países — o Mercado Livre solicitou uma licença bancária no México em 2024 para melhorar suas capacidades e serviços, especialmente em investimentos e crédito.

Alejandro Melhem, vice-presidente sênior do Mercado Pago para a América Latina hispânica, afirma que esse é um passo natural, que não implica uma mudança na estratégia da empresa, que segue “crescendo para se tornar o maior banco digital da região”.

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Analistas do Goldman Sachs afirmam que isso pode proporcionar maior flexibilidade de financiamento, mas que o processo de aprovação pode levar mais de um ano.

A instituição lembra em relatório que a Argentina representou cerca de 30% da receita dos últimos 12 meses do Mercado Pago no geral, em comparação com cerca de 15% da receita de comércio no mesmo período.

Vinicius Stasolla/DonVisual/Divulgação

Apesar de a MELI não divulgar a divisão de sua carteira de empréstimos por região, analistas acreditam que a Argentina responda por cerca de 15% do total.

Benjamin R. /Unsplash

Para o final de 2024, a estimativa é que o grupo tinha uma carteira de empréstimos de cerca de US$ 1 bilhão no país, o que implicaria uma participação de cerca de 1,5% do mercado total de crédito.

Nas teleconferências do primeiro trimestre deste ano e do quarto trimestre do ano passado, a gestão já havia destacado taxas de crescimento pronunciadas na carteira de empréstimos no país.

Vale lembrar que o Mercado Pago já é um dos principais aplicativos fintech na Argentina, à frente de bancos líderes como o BNA e o Galicia.

Também em linha com o que foi abordado na última teleconferência de resultados, analistas do Goldman Sachs esperam que a MELI lance seu cartão de crédito na Argentina já no segundo semestre deste ano.

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