Mercado Imobiliário

Tá mais apertado por aí? Por que os escritórios na Faria Lima estão cada vez menores

Letícia Furlan

22 de maio de 2025 às 14:03

A escassez de terrenos e a demanda de empresas por espaços exclusivos levaram à entrega de edifícios corporativos menores na zona centralizada de São Paulo nos últimos dois anos, segundo levantamento da consultoria Binswanger Brazil divulgado com exclusividade pela EXAME

Leandro Fonseca/Exame

A zona centralizada concentra as regiões da cidade com infraestrutura consolidada, maior oferta de transporte público e ampla disponibilidade de serviços. Ela abrange as principais e mais tradicionais regiões da cidade, como avenidas Faria Lima, Juscelino Kubitschek e Paulista.

Germano Lüders/EXAME.com/

Já a Zona Descentralizada concentra as regiões de urbanização mais recente, onde o transporte público ainda está em expansão e a oferta de serviços ainda está crescendo. Exemplos dessa expansão incluem a Linha Lilás, o Monotrilho a futura Linha Laranja.

Entre 2023 e 2024, a média de área bruta locável (ABL) dos prédios entregues na Zona Centralizada foi de 9.094 metros quadrados, volume 42% inferior ao registrado no período entre 2020 e 2022, quando os empreendimentos tinham, em média, 15.656 metros quadrados.

Na Zona Descentralizada, por outro lado, os escritórios cresceram de tamanho. A média de área bruta locável foi de 27.288 metros quadrados entre 2023 e 2024, contra 21.640 metros quadrados de 2020 a 2022.

Parte desses imóveis passou a ser classificada como edifícios boutique, nome usado no mercado para descrever prédios de alto padrão, com arquitetura autoral e localizados em áreas consideradas premium.

Essas construções têm atraído, principalmente, empresas dos setores financeiro e de tecnologia, além de grandes bancas de advocacia, geralmente em regime monousuário ou com poucos inquilinos.

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