24 de janeiro de 2025 às 17:04
Há 60 anos, mulheres casadas precisavam de permissão dos maridos para abrir conta bancária ou trabalhar. Hoje, embora avanços tenham ocorrido, o acesso ao crédito ainda reflete desigualdades de gênero.
Apenas 12% das empreendedoras brasileiras buscaram crédito em 2023. Dessas, 45% tiveram o pedido negado. Para negras, a realidade é pior: a taxa de recusa é 50% maior que a de brancas.
Mulheres pagam juros mais altos que homens em financiamentos. Enquanto eles pagam 36,8% ao ano, elas arcam com mais de 40%. No Ceará, essa diferença chega a 18 pontos percentuais.
Apesar de representarem 40% das operações de crédito, empreendedoras receberam só 29% dos R$ 109 bilhões liberados para pequenos negócios no primeiro trimestre de 2023.
O Sebrae criou programas como o FAMPE, que oferece garantias para facilitar o acesso ao crédito. Além disso, o Sebrae Delas capacita mulheres para uma gestão financeira mais consciente.
A Conta Black é outra iniciativa relevante, oferecendo crédito assistido para mulheres negras e periféricas. Esse apoio inclui não só recursos financeiros, mas também educação e acesso à rede bancária.
Investir em mulheres é estratégico e sustentável. Negócios liderados por elas beneficiam comunidades, contratam outras mulheres e fortalecem o comércio local, promovendo transformação social.