Gasolina: preço do combustível deve reduzir R$ 0,13 com adoção do E30. (Bloomberg/Getty Images)
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Publicado em 25 de junho de 2025 às 06h28.
Última atualização em 25 de junho de 2025 às 07h42.
A gasolina no Brasil poderá sofrer uma redução de até R$ 0,13 por litro por conta da implementação do programa Combustível do Futuro. A medida, anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no dia 17 de março, prevê o aumento da mistura de etanol anidro para 30% na gasolina comum.
Esse ajuste no combustível pode não só diminuir o custo para o consumidor, como também impulsionar a produção nacional de biocombustíveis, tornando o país menos dependente da importação de gasolina e contribuindo para o controle da inflação.
O programa também promove um fortalecimento da segurança energética, reduzindo a necessidade de importar 760 milhões de litros de gasolina anualmente, o que representará um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol.
Estima-se que a transição de E27 para E30 requererá um investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões no setor de biocombustíveis. Além disso, o novo combustível, chamado de E30, é seguro para carros e motos, segundo Silveira, o que garante maior confiabilidade à frota nacional.
“Estamos dando mais um passo para transformar a lei do Combustível do Futuro em combustível do presente. O E30 não apenas reduz o custo para o consumidor, mas fortalece a economia e a segurança energética do Brasil,” afirmou Silveira.
A legislação que embasa o aumento, a Lei 14.993/24, permite que a mistura de etanol na gasolina seja aumentada para até 35%, caso seja comprovada sua viabilidade técnica. Estima-se que a nova proporção ajude a evitar a emissão de 1,7 milhão de toneladas de gases de efeito estufa por ano, o que equivale à retirada de aproximadamente 720 mil carros das ruas.
Os testes realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e a colaboração de entidades do setor automotivo, como Anfavea e Sindipeças, confirmaram a viabilidade técnica da alteração. A proposta será votada nesta quarta-feira, 25, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).