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Gripe aviária é confirmada em galinhas-d'Angola do BioParque do Rio; animais morreram

Doença foi confirmada em exames realizados em laboratório do Ministério da Agricultura. Como protocolo, área onde aves ficavam segue interditada; demais pontos voltam a funcionar na quinta-feira, 24

BioParque foi autorizado a retomar a visitação em áreas onde os animais infectados não estavam (Divulgação)

BioParque foi autorizado a retomar a visitação em áreas onde os animais infectados não estavam (Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de julho de 2025 às 11h22.

Última atualização em 23 de julho de 2025 às 11h23.

Foi confirmado que nove galinhas-d'Angola do BioParque do Rio morreram em decorrência de influenza aviária (gripe aviária). Os exames foram realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Campinas, São Paulo.

Enquanto os resultados eram esperados, por medida de segurança, todo o parque ficou fechado. Todas as galinhas-d'Angola ficavam na área da Savana Africana, uma das 11 que tem animais. Esse trecho permanecerá interditado "por 14 dias como medida preventiva, conforme protocolos de biossegurança", diz trecho da nota divulgada pelo BioParque.

O caso é acompanhado por órgãos estaduais do Rio, como a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e a Superintendência de Defesa Agropecuária Estadual, que atua na vigilância para adoção de medidas de prevenção.

Casos de transmissão do vírus H5N1 para humanos são raros. A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovo. No entanto, o monitoramento de pessoas que tiveram contato recente com os animais é realizado dentro do protocolo. De acordo com a SES-RJ, desde o último dia 17, quando o plantão do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) foi informado sobre a 15 pessoas terem sido expostas ao contato com essas aves, esse trabalho foi iniciado.

No período de dez dias, se alguém apresentar "algum sintoma respiratório, é aberto um protocolo de caso suspeito humano, e a pessoa é orientada a ficar em isolamento em sua própria residência", informa o governo do estado em nota. A testagem é feita com coleta de material, que é encaminhado ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e ao laboratório nacional de referência (FIOCRUZ).

Reabertura parcial

O BioParque foi autorizado a retomar a visitação em áreas onde os animais infectados não estavam. A reabertura ocorrerá amanhã, quinta-feira, 24. Apenas a Savana Africana seguirá com acesso fechado, até completar 14 dias do protocolo. Em nota, o parque afirma que a retomada será possível "com a adoção de todas as medidas necessárias e autorização dos órgãos competentes, as demais áreas do parque serão reabertas ao público". A unidade, no entanto, não explicou quais são essas medidas.

Já em nota do governo estadual, conta que "a Secretaria de Estado de Agricultura, em conjunto com o Ministério da Agricultura e os responsáveis técnicos do parque, vem executando ações como o isolamento total da área afetada; monitoramento clínico de todas as aves; vistorias técnicas; rastreamento e controle de entrada e saída de materiais e pessoas".

O protocolo de suspensão de visitas também foi adotado em outros zoológicos que tiveram caso confirmado de ave infectada por gripe aviária. No mês passado, o Zoológico de Brasília ficou fechado para visitação após a confirmação da presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um irerê — ave silvestre que é espécie de marreco — encontrado morto no local. O monitoramento sanitário na unidade foi feito pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF). A medida é preventiva e visa evitar o aumento da doença entre aves e outros animais.

Em 18 de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que o Brasil está livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). O governo brasileiro tomou essa medida quando terminou o prazo de 28 dias em que começou o vazio sanitário de uma granja comercial em Montenegro (RS), onde foi registrado um foco da doença. Nenhum outro novo caso surgiu no país.

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