Fávaro: ministro pediu apoio de parlamentares para colocar em pauta a criação do fundo sanitário (Mapa)
Agência de notícias
Publicado em 21 de maio de 2025 às 07h05.
Diante do caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o governo federal voltou a defender a criação de um fundo nacional para indenizar produtores rurais que tenham perdas com emergências sanitárias. O assunto foi discutido nesta terça-feira pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Fávaro pediu apoio dos parlamentares para colocar em pauta o projeto de lei 4.583/2020, que prevê a criação do chamado fundo sanitário. A proposta está parada desde 2021 na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
— Eu queria pedir a vocês que falassem com o presidente Hugo Motta para a gente pautar o projeto 4583 que trata do fundo sanitário, para que a gente possa criar um fundo. Se ainda tem divergência sobre a forma de administração ou contribuição do fundo, o Parlamento sabe fazer isso muito bem e negociar — disse o ministro.
Fávaro também reforçou que a gripe aviária não é a única preocupação sanitária do momento. Segundo ele, o Brasil enfrenta outras três emergências: a monilíase do cacau, a mosca-da-fruta da carambola e a vassoura-de-bruxa da mandioca, que tem avançado no Norte do país. Para ele, essas situações mostram a necessidade de um fundo nacional que possa unificar ações e garantir apoio aos produtores.
O fundo serviria para cobrir prejuízos de produtores que precisam destruir animais ou plantações por determinação dos órgãos de defesa sanitária. Segundo o ministro, esse tipo de situação tende a ser mais frequente.
O surto de gripe aviária confirmado em Montenegro (RS) provocou a suspensão temporária das exportações de carne de frango do Brasil para cerca de países.
Ainda durante a reunião, o ministro anunciou a convocação de novos auditores fiscais agropecuários aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU), para reforçar a fiscalização e a resposta a crises sanitárias. Ele afirmou que pode solicitar a convocação de mais 100 profissionais, se houver autorização orçamentária.