O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luis Rua, afirmou nesta terça-feira, 22, que há espaço para o Brasil aumentar exportações de soja, de carnes de aves, de suínos e de bovinos para a China diante da guerra tarifária promovida pelos Estados Unidos e que afeta o país asiático.
Segundo Rua, o aumento dessas exportações depende do apetite chinês pelos produtos brasileiros.
No caso da soja, o Brasil terá uma boa safra e haverá disponibilidade para elevar os embarques do grão para os asiáticos, diante das pesadas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos chineses.
China vs. EUA: venda de carnes de aves brasileiras pode crescer
No caso das carnes, Rua afirmou que os Estados Unidos exportam entre 30% e 40% de carne de aves para a China. Com isso, parte dessa fatia de mercado pode ser absorvida pelo Brasil, que já tem mais de 50% de market share nesse produto.
No mercado de carne suína, Brasil e Estados Unidos são responsáveis, cada um, por 16% das exportações para a China. Com a guerra tarifária, um percentual da participação norte-americana pode ser absorvida.
Na carne bovina, 50% das exportações para a China são de empresas brasileiras e apenas 8% de empresas norte-americano. Segundo Rua, uma fatia desse mercado pode ser absorvida por empresas brasileiras.
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Soja: China compra produto agrícola argentino após redução de tarifas de exportação
(No primeiro semestre de 2024, o complexo soja liderou os embarques)
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Desembarque da soja brasileira no porto de Nantong, na China
(O complexo da oleaginosa movimentou US$ 33,53 bilhões no período)
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Colheita de soja: na quarta-feira,5, a comissão de tarifas do Conselho de Estado da China disse que removerá as tarifas de até 15% impostas a determinados produtos agrícolas dos EUA
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Frigorífico
(Em 2º lugar nas exportações aparece o setor de carnes)
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Homem cercado de porcos no celeiro de uma fazenda
(O setor embarcou US$ 11,81 bilhões)
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(O que representou a 14,3% das exportações do agro brasileiro.)
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(O complexo sucroalcooleiro registrou US$ 9,22 bilhões.)
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(O que correspondeu a 11,2% do total embarcado pelo agro no 1º semestre)
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Áreas de reflorestamento com plantação de eucalipto
(Os produtos florestais somaram US$ 8,34 bilhões)
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(Os produtos florestais registraram um crescimento de 11,9% no primeiro semestre deste ano)
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FÁBRICA DE CELULOSE: bloco europeu autorizou a formação, marcada para 14 de janeiro do ano que vem. / Fabiano Accorsi
(A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões – alta anual de 19,5%)
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Serra do Cabral, em MG: Cedro caminha para se tornar uma das maiores produtoras de café do país (Cedro/Divulgação)
(O setor de café destacou-se com vendas externas de US$ 5,31 bilhões)
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Fazenda de Café do Grupo Cedro em Minas Gerais - agricultor - agricultura - agronegocios - agro - lavoura - maquinas - plantação -
Foto: Leandro Fonseca
data: 20/06/2023
(Um aumento de 46,1% em valor e de 52,1% em quantidade comparado ao ano anterior)
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Lavoura de algodão no Mato Grosso: alternativa à soja pelo maior potencial produtivo
(O algodão não cardado e não penteado atingiu um recorde de US$ 2,68 bilhões)
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Produção de algodão em Luiz Eduardo Magalhães
(Um aumento de 236%)
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Colheita de Algodão
(Com 1,39 milhão de toneladas exportadas, um crescimento de 228%.)
Abertura de novos mercados para a China
Rua ainda tem reuniões nesta terça com representantes do governo chinês para tratar, entre outros assuntos, da abertura de dois novos mercados para o país asiático: de pescados e de DDG, um subproduto gerado a partir da produção de milho.
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A formalização desses novos mercados pode ocorrer nesta terça ou na quarta-feira
“Nossa relação com China atingiu, nesses últimos dois anos, um nível de maturidade, transparência e clareza muito grande”, disse Rua.