Brasil

Acusado de receber R$12 mi, Palocci distribui carta a amigos

O ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo encaminhou carta a amigos e dirigentes do PT explicando as consultorias de sua empresa a grupos empresariais


	Antonio Palocci: na carta, Palocci reclama que "novamente um órgão de nossa imprensa investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra"
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

Antonio Palocci: na carta, Palocci reclama que "novamente um órgão de nossa imprensa investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra" (Renato Araújo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 17h17.

Brasília - Antonio Palocci, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, encaminhou nesta segunda-feira, 20, uma carta por e-mail a amigos e dirigentes do PT explicando as consultorias de sua empresa, a Projeto, para os grupos empresariais Pão de Açúcar, JBS e Caoa.

Documentos obtidos pela revista Época indicam que o ex-ministro recebeu R$ 12 milhões de empresas em 2010, quando coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Na carta, o petista reclama que "novamente um órgão de nossa imprensa investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra".

Palocci alega que há mistura de assuntos, datas e uma tentativa de "desqualificar" as relações comerciais de sua consultoria com as empresas citadas na reportagem.

Na mensagem, Palocci relata que, no caso do Grupo Pão de Açúcar, o Ministério Público Federal do Distrito Federal já havia investigado o caso e não havia encontrado nenhuma irregularidade. Ele garante que foi prestado o serviço de consultoria à JBS e à Caoa.

"É lamentável que se pratique tamanho acinte contra a verdade, sejam quais forem os propósitos que moveram os autores do referido texto ou os que o encomendaram aos seus subscritores", finaliza o ex-ministro.

Em 2012, Palocci usou o mesmo expediente de enviar uma "carta a amigos" - que acabou sendo distribuída também a deputados e senadores - explicando as denúncias de que teria aumentado em 20 vezes seu patrimônio entre 2006 e 2010.

Na ocasião, ele argumentou que ex-ministros "valem muito no mercado". O texto dizia que a passagem por cargos como ministro da Fazenda ou presidente do Banco Central proporciona "uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado".

Acompanhe tudo sobre:Antonio PalocciDilma RousseffGovernoMinistério da Casa CivilPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Em depoimento ao STF, Cid diz que Bolsonaro 'sempre buscou fraude nas urnas'

Ao STF, Cid diz que Zambelli e Delgatti debateram fraudes nas urnas com Bolsonaro antes da eleição

Cid diz ao STF que recebeu 'dinheiro' de Braga Netto em plano para monitorar Moraes

Greve de caminhoneiros em Minas Gerais ameaça abastecimento de combustível