Brasil

Aécio é o 'melhor quadro da oposição', diz líder do PT

O senador estreiou no plenário esta quinta feira com "avaliação crítica" do governo Dilma

Aécio Neves (Bruno Magalhães/Agência Nitro)

Aécio Neves (Bruno Magalhães/Agência Nitro)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h12.

Brasília - Num pronunciamento de cerca de 30 minutos, que lotou o plenário do Senado, o potencial candidato do PSDB à presidência da República em 2014, Aécio Neves (MG), reafirmou sua defesa de uma oposição qualificada e destacou as deficiências dos três primeiros meses do governo Dilma Rousseff. Ele foi elogiado por aliados e mesmo o líder do PT, Humberto Costa (PE), afirmou que Aécio é o "melhor quadro da oposição".

Aécio advertiu que atuará tanto na busca de "oportunidades de convergência" quanto no "enfrentamento do debate". E defendeu o exercício da oposição baseado em três pilares: coragem, responsabilidade e ética.

O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado à presidência, José Serra (PSDB), afirmou que o discurso de Aécio é uma contribuição para traçar um rumo para a oposição. Adversários dentro do PSDB, em meio à disputa pela vaga de presidenciável do partido em 2014, Serra enfrentou mal estar diante de oposicionistas e governistas que se dirigiram a Aécio como principal nome da oposição.

O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), afirmou que Aécio fez um "discurso de estadista", a ponto de a base aliada "já considerar a hipótese de ele se tornar presidente da República em 2014". Antecedendo o democrata, o petista Humberto Costa elogiou Aécio, e também diante de Serra, identificou o mineiro como "o melhor quadro da oposição".

Costa saudou Aécio, afirmando que seu discurso inaugura o debate qualitativo entre oposição e governo nesta legislatura, sobretudo "vindo de um quadro da estatura política de Aécio". O petista ponderou, entretanto, que não viu novidades no discurso e frisou que a oposição "continua sem projeto e sem discurso para o Brasil".

O petista Lindbergh Farias (RJ) rebateu a acusação de Aécio de que houve "farra fiscal" no governo Lula, obrigando a presidente Dilma a cortar R$ 50 bilhões do orçamento federal. "O PSDB está perdendo a bandeira da responsabilidade fiscal", criticou, questionando recentes posturas dos tucanos, que apoiaram o salário mínimo de R$ 600 e, na campanha presidencial, defenderam a criação de um 13º para os beneficiários do Bolsa Família.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCongressoOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Com sete rios na cota de inundação, Rio Grande do Sul tem 6,5 mil pessoas fora de casa

Santuário Cristo Redentor tem a meta de receber 10 toneladas em campanha do agasalho; veja como doar

Moraes libera visitas a ex-assessor de Bolsonaro preso por tentativa de obstrução de Justiça

SP: Justiça dá cinco dias para prefeitura explicar privatização de escolas