Brasil

Aglutinação de partidos é aposta do PSDB para ganhar tempo de TV

Pesquisa Datafolha divulgada nesta madrugada mostra que o governador Geraldo Alckmin tem índice mais baixo do PSDB em quase 30 anos

Geraldo Alckmin (Adriano Machado/Reuters)

Geraldo Alckmin (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2018 às 17h53.

São Paulo - Para crescer durante a campanha rumo à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) deve intensificar os trabalhos em busca da aglutinação de partidos que lhe garantam mais tempo de TV e, assim, diminuir a pulverização entre os eleitores do centro. O coordenador do programa de governo do tucano e cientista político, Luiz Felipe D'Ávila, disse que o resultado da pesquisa Datafolha, divulgado nesta madrugada, foi recebido pelo partido com otimismo e que "Alckmin é o líder inconteste no centro".

Segundo o Datafolha, o ex-governador aparece na quinta colocação na análise para o primeiro turno, com 6% das intenções de voto no cenário que contempla o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobe para 7% caso o petista fique de fora da corrida eleitoral. Em um eventual segundo turno sem Lula, Alckmin empata tecnicamente com Ciro Gomes (PDT) ou com Jair Bolsonaro (PSL) e ganha somente de Fernando Haddad (PT) caso o ex-prefeito da capital paulista seja o substituto de Lula. Apesar desses números, o coordenador espera por um segundo turno tradicional, entre PT e PSDB.

"Ficamos muito contentes com o resultado. Vamos trabalhar firme nos próximos 30 dias porque temos chance de aglutinar mais partidos e podemos ir com maior robustez para a campanha oficial. A pesquisa mostra que estamos no caminho certo", avalia D'Ávila. Segundo o especialista, a atual pulverização do centro é o que tem impedido o crescimento dos candidatos. "Outro destaque importante é a queda de 3 pontos porcentuais no nível de rejeição à Alckmin", cita o coordenador. De acordo com o Datafolha, 27% dos eleitores rejeitam o tucano. A liderança entre os rejeitados pertence a Fernando Collor (PTC), seguido por Lula e Bolsonaro.

Quanto aos eleitores indecisos, que também estarão entre os objetivos do PSDB durante a campanha, D'Ávila acredita que o nível de brancos e nulos tende a cair "quando a eleição entrar no radar das pessoas", ou seja, quando a campanha começar, de fato.

A nova pesquisa Datafolha, realizada nos dias 6 (quarta-feira) e 7 (quinta-feira), teve como base 2.824 entrevistas em 174 municípios em todos os Estados do País, incluindo Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-05110/2018.

Contatados, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o pré-candidato Ciro Gomes não quiseram se pronunciar. A redação ainda aguarda a resposta da pré-candidata Marina Silva. Jair Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores divulgaram nota.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018PolíticaPSDB

Mais de Brasil

Licença de Eduardo Bolsonaro termina neste domingo; veja o que pode acontecer

Eduardo aumenta condutas ilícitas após tornozeleira em Bolsonaro, diz Moraes

AGU pede que STF investigue ação suspeita antes de tarifaço no inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Incêndio em Barueri, na Grande São Paulo, atinge galpões comerciais