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Alckmin defende ação policial na prisão de manifestantes

Alckmin não comentou quais os fatores que, além da suspeita do porte de artefatos explosivos, levaram à detenção dos dois manifestantes


	Alckmin negou que polícia forjou provas, conforme alegam entidades de defesa de direitos humanos
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Alckmin negou que polícia forjou provas, conforme alegam entidades de defesa de direitos humanos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h41.

Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 5, que outros fatores levaram à prisão dos dois manifestantes, detidos em um ato contra a Copa do Mundo em 23 de junho, e não apenas a suspeita do porte de explosivos.

Ontem, laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) atestaram que os artefatos encontrados com o estudante Fabio Hideki Harano e com o professor de inglês Rafael Lusvarghi não eram explosivos.

Ambos estão presos há mais de 40 dias acusados de porte de explosivos, associação criminosa e incitação à depredação do patrimônio público.

Em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados, em Brasília, Alckmin não comentou quais os fatores que, além da suspeita do porte de artefatos explosivos, levaram à detenção dos dois manifestantes.

O governador afirmou ainda que a Secretaria de Segurança Pública do Estado vai prestar mais detalhes sobre o caso.

"Não é só isto (explosivos). Na razão da prisão há outros fatores que a polícia levanta", disse o governador.

"Infelizmente vimos que manifestações legítimas que devem ser apoiadas e garantidas acabaram em muitos casos partindo para o vandalismo e para a depredação do patrimônio público e privado", disse o tucano.

Questionado pelo Broadcast Político se considerava que o Ministério Público deveria ter aguardado a conclusão dos laudos para oferecer a denúncia, Alckmin respondeu: "Devemos ouvir o Ministério Público e vamos aguardar que a Secretaria de Segurança Pública fale".

Ontem, em sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o governador de São Paulo negou que a polícia tivesse forjado provas, conforme alega a defesa de um dos manifestantes e entidades de defesa dos diretos humanos.

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