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Alckmin fala em avanços na contenção do tarifaço após encontro de Lula com Trump

O vice-presidente também comentou sobre a redução do imposto de renda e do valor da CNH, além da crise de saúde pública provocada pela intoxicação por metanol em bebidas adulteradas

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): “O encontro do presidente Lula com o presidente Trump foi importante e temos convicção de que teremos próximos passos. Vamos aguardar, as coisas estão caminhando” (Leandro Fonseca/Exame)

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): “O encontro do presidente Lula com o presidente Trump foi importante e temos convicção de que teremos próximos passos. Vamos aguardar, as coisas estão caminhando” (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 4 de outubro de 2025 às 13h49.

Última atualização em 4 de outubro de 2025 às 16h11.

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, avaliou neste sábado, 4, que houve avanços concretos na contenção do chamado tarifaço norte-americano após a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump em Washington.

Ao comentar os efeitos do encontro, Alckmin fez graça com a declaração do republicano na ONU, quando Trump disse ter tido “boa química” com Lula na estreia do brasileiro na Assembleia-Geral, em setembro:

“Eu fui professor de cursinho de medicina, dei aula de química, e a química é uma ótima solução”, disse Alckmin.

A lista de produtos brasileiros afetados pelas sobretaxas dos Estados Unidos, segundo o vice-presidente, encolheu desde o lançamento do tarifaço. Inicialmente incluía celulose, ferro, níquel e herbicidas. Com as negociações, parte foi retirada e, mais recentemente, a tarifa sobre madeira macia e serrada caiu de 12% para 10%.

“Se a gente somar as reduções, dá 1,7 bilhão de dólares, o que significa cerca de 4%. Não perde competitividade. O encontro do presidente Lula com o presidente Trump foi importante e temos convicção de que teremos próximos passos. Vamos aguardar, as coisas estão caminhando”, afirmou.

Redução do IR e do valor da CNH como estímulos internos

Alckmin destacou que a política econômica também busca estímulos internos. Ele lembrou a reforma do Imposto de Renda, que ampliou a faixa de isenção e, em sua avaliação, terá efeito imediato no consumo.

“Com a mudança do imposto de renda, a população vai ter mais renda e um poder de compra maior. Isso fortalece o mercado interno”, disse.

A declaração foi feita durante visita à concessionária Hyundai Smaff, no Setor de Indústrias e Abastecimento, em Brasília, onde Alckmin e o ministro dos Transportes, Renan Filho, acompanharam o movimento gerado pelo programa Carro Sustentável.

Em meio ao giro pelo pátio da loja, Filho reforçou a defesa de um projeto em tramitação no Congresso para baratear a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O vice-presidente endossou a iniciativa:

“Temos estados no Brasil que têm três vezes mais motos do que carteiras. Não pode uma carteira AB custar R$ 4 mil, quem pode pagar isso? Essa proposta do Renan reduz o custo e desburocratiza”, afirmou.

A crise do metanol

Alckmin também comentou a crise de saúde pública provocada pela intoxicação por metanol em bebidas adulteradas, que já soma dezenas de casos suspeitos e pelo menos 12 mortes em apuração.

“Duas medidas estão sendo tomadas que são importantes: investigação, porque isso é crime, e o tratamento. O Ministério da Saúde está disponibilizando o etanol farmacêutico. Vamos investigar e tratar, alertar para os sintomas de náuseas. Se Deus quiser, vamos superar rápido isso”, disse.

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