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Alcolumbre diz que vai pautar proposta que aumenta número de cadeiras na Câmara

Proposta foi aprovada pela Câmara e agora tramita no Senado

Davi Alcolumbre: presidente do Senado  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Davi Alcolumbre: presidente do Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 5 de junho de 2025 às 16h54.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quinta-feira que pretende colocar em pauta o projeto já aprovado pela Câmara que aumenta em 18 o número de parlamentares, levando o total de 513 para 531. Alcolumbre disse que o Senado não deve alterar o texto, que pode trazer um impacto anual de R$ 64,6 milhões, o que seria resolvido com o remanejamento de recursos já previstos no orçamento.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, no ano passado, ser necessária uma revisão da distribuição de parlamentares por estado, de acordo com aumento populacional demonstrado no Censo Demográfico de 2022. Se fossem mantidos o número de 513 deputados, com uma reorganização das cadeiras, estados como o Paraíba, de Motta, poderiam perder espaço.

A proposta em pauta, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), determina que nenhum estado poderá sofrer perda de cadeiras.

— Caso o Senado se debruce sobre o projeto, a avaliação de despesas já foi feita. Não vai acarretar em aumento de despesas. Nossa opinião no Senado é deliberar até o dia 30 de junho. A Câmara fez um estudo sobre isso. O mais correto é fazer uma ampliação em vários estados. A partir da semana que vem vou conversar com senadores para fazer valer o aumento já para as próximas eleições — disse Alcolumbre.

A Câmara dos Deputados é composta de forma proporcional pelos representantes de cada estado e do Distrito Federal. Cada unidade da federação tem no mínimo oito e no máximo 70 deputados, a depender da sua população. Entretanto, alguns estados reclamam que o número não foi atualizado de acordo com as variações recentes no número de habitantes.

O relatório de Damião Feliciano aponta que o aumento de parlamentares terá um custo de R$ 64,6 milhões ao cofres públicos. O parecer aponta ainda que, de acordo com cálculos do governo, o orçamento de 2027 da Câmara já terá um reajuste suficiente para cobrir a despesa adicional.

De acordo com a proposta que teve a urgência aprovada, oito estados seriam beneficiados com mais cadeiras, já que ampliaram as populações: Santa Catarina, Pará, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Norte.

Outras sete bancadas, que perderiam cadeiras se a mudança fosse feita mantendo o número atual de vagas, continuariam com o número intaco de cadeiras. São eles: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Alagoas.

O cálculo é feito da seguinte forma: o número total da população brasileira (203.080.756 milhões), dividido pelo novo número de cadeiras da Câmara (531). O resultado equivale a quantas pessoas cada cadeira da Câmara representa (382.449 mil). Em seguida, foi dividida a população de cada estado pelo montante de pessoas que representa uma cadeira (pop. estado/382.449 mil).

Como existe o número máximo Constitucional de 70 deputados por estado e o mínimo de 8, o ente federativo que tiver resultado acima ou abaixo desses valores tem o número readequado. Exemplo: pelos cálculos, o Acre teria direito a apenas 2 deputados, mas esse número é ampliado para o mínimo, de 8.

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