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Aliados de Haddad dizem que Ciro estimulou vitória de Bolsonaro

Para Emídio de Souza, um dos coordenadores da campanha petista ao Planalto, Ciro tem pretensões políticas em 2022, e por isso, não declarou apoio ao PT

Ciro Gomes: pedetista não se posicionou a favor da campanha petista à Presidência (Adriano Machado/Reuters)

Ciro Gomes: pedetista não se posicionou a favor da campanha petista à Presidência (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 22h18.

Última atualização em 28 de outubro de 2018 às 22h21.

São Paulo - Apontando a falta de apoio de Ciro Gomes (PDT) como um dos motivos da derrota de Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial, aliados do petista dizem que o pedetista foi "egocêntrico" e só pensou em uma eleição em 2022.

"A postura dele foi insuficiente e ajudou a chegar no resultado que chegamos", disse o deputado estadual eleito Emídio de Souza (PT-SP), um dos coordenadores da campanha do PT ao Planalto. "Ele fez isso porque quer liderar a oposição no Brasil e porque quer ser candidato a presidente em 2022. Acho que o Ciro colocou o interesse pessoal, particular e político, que é legítimo, na frente dos interesses do País."

Emídio de Souza disse ainda que hoje Haddad "é o brasileiro mais credenciado para liderar a oposição no Brasil".

Para outro aliado, o ex-deputado Márcio Macedo, Ciro pensou apenas em si mesmo. "Acho que o Ciro perdeu a oportunidade de se consolidar como uma liderança política desse campo de esquerda democrático. Foi egocêntrico e pensou em 2022", afirmou.

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