Brasil

Amoêdo: Meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente

Candidato mais rico entre os postulantes ao Planalto este ano, o ex-banqueiro disse que vai bancar entre 20% e 30% de sua campanha

João Amoêdo: candidato disse que começa a perceber um aumento do interesse em seu nome nos setores mais populares (Patricia Monteiro/Bloomberg)

João Amoêdo: candidato disse que começa a perceber um aumento do interesse em seu nome nos setores mais populares (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 13h39.

Última atualização em 28 de agosto de 2018 às 13h45.

São Paulo - O candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, refutou nesta terça-feira, 28, os ataques feitos por adversários nos últimos dias de que sua candidatura representa a elite econômica brasileira e disse que começa a perceber um aumento do interesse em seu nome nos setores mais populares.

"Meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente", disse Amoedo.

Candidato mais rico entre os postulantes ao Planalto este ano, o ex-banqueiro disse que vai bancar entre 20% e 30% de sua campanha.

Amoêdo é o segundo convidado da série de encontros Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis. No evento, ele comemorou o resultado das últimas pesquisas mesmo sem ter participado dos debates.

Também se mostrou contente com a recente onda de ataques contra o seu nome nas redes sociais. "Se está incomodando, mostra que a gente está crescendo", disse.

Questionado sobre sua estratégia para desbancar Jair Bolsonaro (PSL) no campo da centro-direita, Amoêdo disse entender que parte dos eleitores do capitão reformado do Exército tem um sentimento anti-PT, mas pode migrar para sua candidatura porque ela tem mais coerência. "O Bolsonaro é visto como anti-PT, mas não sabemos qual é a linha dele, porque ele nunca fez, na prática, o que defende hoje."

Venezuela

Sobre suas propostas para a política externa brasileira e sua posição sobre a Venezuela, Amoêdo disse que o Brasil deveria seguir o exemplo do Chile na América do Sul e orientar sua política comercial em direção às economias mais ricas e a um maior número de tratados comerciais.

Ele disse ainda que o Brasil não deveria, neste momento, aplicar nenhum tipo de sanção ao país governado por Nicolás Maduro, porque isto prejudicaria ainda mais a população.

"O Brasil tem que receber os refugiados, tem que ter um caráter humanitário. Isso pode acontecer com a gente mais pra frente, não sabemos que governo virá aí", defendeu o candidato. "Hoje, o que dá para fazer é receber imigrantes aqui e se alinhar com as grandes democracias do mundo para pedir mudanças no governo."

Líder de um pequeno partido que não fez alianças para a corrida nacional, Amoêdo recebeu várias perguntas da plateia sobre como pretende fazer para governar o País a partir de uma base de sustentação tão pequena.

Ele se disse otimista e crê em uma maior renovação do Congresso no ano que vem. "A negociação com o Congresso não será fácil, mas é possível se criarmos as condições certas: propor ideias claras, determinação e bom senso sem desviar de valores", avaliou.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018João Amoêdo

Mais de Brasil

Senado aprova fim de atenuante de idade para crimes de estupro

Maioria do STF vota para responsabilizar redes por conteúdo ilegal

Moraes formaliza pedido de extradição de Zambelli da Itália para cumprimento de pena