Brasil

Após ataques, comércio fecha e ônibus param de circular em Natal

Nos pontos de ônibus, é possível ver pessoas caminhando em busca de conseguir algum tipo de transporte

Comércio: o comércio também funciona parcialmente, como fosse um feriado (Josemar Goncalves/Reuters)

Comércio: o comércio também funciona parcialmente, como fosse um feriado (Josemar Goncalves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 17h40.

Natal - Entre a noite da quarta-feira, 18, e a tarde desta quinta-feira, 19, 17 veículos foram alvo de atentados em diferentes pontos de Natal (RN) e no interior. Também há relatos de tiroteios pela capital potiguar e o registro de uma execução em uma das principais avenidas da cidade.

O resultado disso foi o recolhimento dos transportes coletivos na capital, sem previsão para retorno. Pelas vias da cidade há pouca gente circulando, mesmo de carro, cena que se assemelha à que se viu no Estado potiguar quando, em julho e agosto, as facções organizadas ordenaram ataques do lado de fora das cadeias. O comércio também está fechando as portas mais cedo.

Nos pontos de ônibus, é possível ver pessoas caminhando em busca de conseguir algum tipo de transporte. Alguns estabelecimentos públicos e privados também liberaram os funcionários mais cedo. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), por exemplo, autorizou que os funcionários fossem embora mais cedo, às 15h30 no horário local. Foram liberadas todas as unidades de Natal e também da cidade de Caicó, onde se registrou nesta quarta uma rebelião na Penitenciária Estadual do Seridó.

O comércio também funciona parcialmente, como fosse um feriado. O empresário Gabriel Bispo, dono de uma banca na zona leste de Natal, suspendeu o atendimento no horário vespertino desta quinta-feira, 19. Ele enviou um comunicado aos clientes informando sobre o fechamento do estabelecimento, por conta dos ataques que estão acontecendo na cidade.

Bispo afirma que depois de escutar tiros nas Rocas, bairro onde fica sua barbearia, e de saber de um ônibus incendiado na região, preferiu encerrar o expediente. "Melhor fechar do que ficar a mercê disso", completou.

Também na zona leste, no bairro de Mãe Luíza, o segurança de uma farmácia foi baleado e encaminhado à unidade de saúde local. O estado de saúde do vigilante ainda não foi informado e a polícia vai investigar a motivação do atentado.

Acompanhe tudo sobre:NatalPresídiosPrisõesRio Grande do Norte

Mais de Brasil

Governo Lula condena ataques dos EUA a instalações nucleares do Irã

Brasileira desaparecida em vulcão foi deixada para trás por guia, diz imprensa da Indonésia

Rio Grande do Sul tem 126 municípios afetados pelas chuvas, mas número de pessoas desalojadas cai

Maioria da população apoia a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos, diz pesquisa