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Após declaração dos EUA, governo Lula condena ameaça 'do uso da força' contra o Brasil

Em nota, o Itamaraty reforçou que a liberdade de expressão deve ser defendida a partir do respeito da vontade dos cidadãos nas eleições

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 20h54.

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou nesta terça-feira, 9, o "uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força".

Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo de Donald Trump estava disposto a "usar meios militares" para "proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo", referindo-se a uma possível condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi feita em resposta a uma pergunta durante coletiva de imprensa. Karoline Leavitt foi questionada por um jornalista sobre a possibilidade de os Estados Unidos imporem mais sanções ao Brasil em razão do processo contra Jair Bolsonaro no STF, além de outraspunições a países da Europa acusados de censurar a liberdade de expressão.

Em uma nota divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores, o governo brasileiro criticou a posição do governo norte-americano e reforçou que a liberdade de expressão deve ser defendida a partir do respeito da vontade dos cidadãos nas eleições.

"O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia", diz o comunicado do Itamaraty.

"O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania", segue o comunicado.

"O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais", diz a nota.

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