Brasil

Arthur Lira é o pai do voto impresso, diz Bolsonaro

As eleições no país são acompanhadas por observadores internacionais e, desde a adoção da urna eletrônica, em 1996, nunca houve qualquer comprovação de fraude eleitoral

FOTO DE ARQUIVO: Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

FOTO DE ARQUIVO: Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

R

Reuters

Publicado em 13 de maio de 2021 às 15h57.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é o "pai" da proposta de voto impresso nas eleições, depois de Lira afirmar que determinou, na véspera, a criação da comissão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto.

"O voto impresso tem nome. A mãe é a deputada Bia Kicis (PSL-DF) lá de Brasília e o pai é o Arthur Lira, que instalou a comissão no dia de ontem. Parabéns, Arthur! É um prazer estar do seu lado aqui", disse Bolsonaro ao inaugurar uma obra hídrica em São José do Tapera, em Alagoas.

Antes da fala do presidente, Lira reiterou o que afirmou em evento mais cedo em Maceió a respeito da comissão da PEC do voto impresso e fez uma defesa da medida.

"Foi criada ontem e deve estar sendo instalada hoje a comissão a Câmara dos Deputados para que a gente possa votar no plenário e daí mandar para o Senado em tempo hábil para que as providências sejam tomadas e a voz da população seja ouvida", disse Lira.

"Nós queremos votar e queremos ter a certeza que esse voto é confirmado da maneira que a gente colocou", acrescentou o presidente da Câmara.

A instituição do voto impresso é uma obsessão de Bolsonaro que, sem apresentar provas, coloca em dúvida a lisura do sistema eletrônico de votação no Brasil.

Ao contrário das alegações de Bolsonaro, de que o sistema eletrônico de votação não é auditável, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já esclareceu que é possível auditar a eleição.

As eleições no país são acompanhadas por observadores internacionais e, desde a adoção da urna eletrônica, em 1996, nunca houve qualquer comprovação de fraude eleitoral.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilCâmara dos DeputadosEleiçõesJair BolsonaroEleições 2022Arthur Lira

Mais de Brasil

Presidente da Caixa deve defender bet do banco em reunião com Lula

Polícia Federal pode suspender emissão de passaportes por falta de verba

Deputados protocolam PEC da Reforma Administrativa