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Bolsonaro está preso em sala especial para autoridades: veja detalhes

Conhecida como 'Sala de Estado', o espaço, dentro da Superintendência da PF, em Brasília, tem frigobar, ar-condicionado e TV

Superintendência da PF em Brasília: Bolsonaro está preso de forma preventiva em sala especial (Evaristo SA / AFP/Getty Images)

Superintendência da PF em Brasília: Bolsonaro está preso de forma preventiva em sala especial (Evaristo SA / AFP/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de novembro de 2025 às 09h39.

Na condição de ex-presidente da República, Jair Bolsonaro tem direito a cumprir prisão preventiva em um espaço reservado a autoridades, dentro da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

O acesso à chamada Sala de Estado é garantida pela Constituição a quem possui prerrogativa de foro. Outros ex-presidentes presos na história recente também foram levados para espaços como esse.

Ao contrário de um cárcere comum, a sala de Estado possui algumas comodidades, conforme apurou a EXAME:

  • banheiro privativo
  • televisão
  • frigobar
  • ar-condicionado
  • mesa
  • cadeira
  • cama

O espaço é semelhante ao que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou, quando foi preso pela operação Lava Jato.

Bolsonaro é preso pela Polícia Federal

Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado, 22. Não se trata ainda do cumprimento de pena pelas condenações que o ex-presidente sofreu no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde agosto, mas a nova decisão do STF determinou a detenção do ex-presidente.

Na véspera da prisão de hoje, o senador Flávio Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para convocar uma vigília pelo pai em Brasília. A publicação motivou a ordem de prisão preventiva do ex-presidente, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Moraes afirmou ainda que a vigília representava um risco de fuga, uma vez que foi informado pela PF que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada.

"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", diz a decisão de Moraes.

O ministro disse ainda na decisão que o vídeo de Flávio Bolsonaro usa o mesmo "modus operandi da organização criminosa que tentou um golpe de estado em 2022".

"Utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar por múltiplos canais mensagens de ataque e ódio contra as instituições", disse.

Bolsonaro foi condenado, no dia 11 de setembro, a 27 anos e três meses de prisão, por tentativa de golpe de Estado. Os demais sete réus também foram considerados culpados e condenados a penas entre dois e 26 anos de prisão.

A ordem de prisão ocorre após o STF rejeitar os recursos da defesa do ex-presidente e os advogados pedirem que o cumprimento da pena ocorra em prisão domiciliar.

A defesa de Bolsonaro informou à EXAME que ainda não teve acesso ao documento que decretou a medida e por isso não iria comentar.

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