Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2025 às 20h25.
Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, o governo federal lançou, nesta quinta-feira, uma campanha voltada à soberania nacional. Com o slogan "Brasil com S de Soberania", a peça responde o tarifaço anunciado pelo político americano.
Em um vídeo de trinta segundos divulgado nas redes oficiais do governo, o tom é de ironia:
— Quem não é daqui, costuma escrever Brasil com Z. Mas esses gringos não sabem das coisas, porque aqui Brasil se escreve com S — diz o locutor.
O S é uma letra linda, tá? Cheio de curva e de SOBERANIA! 🇧🇷#AquiÉoBrasil #OrgulhoDeSerBrasileiro #GovBR #UniãoEReconexão pic.twitter.com/CYiCjqD1m6
— Governo do Brasil (@govbr) July 10, 2025
Lançada na quinta-feira, a campanha busca combinar reação política com engajamento digital em meio à tensão internacional. Ao adotar um tom leve e afirmativo, o governo tenta disputar a narrativa pública e ressignificar a taxação como símbolo de resistência nacional.
O presidente dos Estados Unidos determinou, na quarta-feira, a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida foi divulgada em carta publicada na rede Truth Social e tem efeito amplo: vale para todos os bens importados do Brasil, independentemente do setor ou tipo de mercadoria.
O texto cita a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, que permite ao governo norte-americano retaliar países considerados culpados de práticas comerciais “injustas” ou “desleais”. A decisão deve encarecer os produtos brasileiros nos Estados Unidos e reduzir a competitividade de exportadores nacionais. Trump também advertiu que qualquer tentativa de retaliação por parte do Brasil será respondida com acréscimos tarifários proporcionais.
Diante da repercussão internacional e dos possíveis efeitos econômicos, o governo Lula decidiu se antecipar com uma campanha focada na ideia de soberania nacional. A resposta oficial do governo será dada por um grupo de trabalho com a presença de ministros e empresários. A hipótese de adotar a Lei da Reciprocidade é considerada.