Brasil

Brasil concorre a uma das três vagas em eleição da OEA

O ex-ministro Paulo Vannuchi disputa até quinta-feira uma das três vagas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA


	O ex-ministro Paulo Vannuchi: ele é cientista social, consultor político e esteve à frente da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010
 (Marcello Casal Jr/ABr)

O ex-ministro Paulo Vannuchi: ele é cientista social, consultor político e esteve à frente da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010 (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2013 às 10h14.

Brasília – O ex-ministro Paulo Vannuchi, de 63 anos, disputa até quinta-feira (6) uma das três vagas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), relativas ao período 2014-2017. As eleições ocorrem na 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Antígua, Guatemala. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, chefia a delegação brasileira.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros, mas apenas três vagas serão renovadas nas eleições que ocorrem ao longo da semana. O órgão é uma das entidades do sistema interamericano de proteção e promoção dos direitos humanos nas Américas. A sede é em Washington, nos Estados Unidos.

Além de Vannuchi, também concorrem ao posto James Cavallaro (Estados Unidos), Erick Roberts Garcés (Equador), Javier de Balaúnde López de Romaña (Peru). Tentam a reeleição José de Jesús Orozco Henríquez (México) e o atual presidente da comissão, Rodrigo Escobar Gil (Colômbia). A OEA permite reeleição para o cargo apenas uma vez.

Os sete membros eleitos da comissão cumprem mandato de quatro anos, com direito a uma reeleição. Pertencem à OEA 23 países e todos têm direito a voto. Cada país vota em três candidatos nas eleições. O voto é direto e secreto. No final da votação, os três candidatos com maior número de votos são eleitos.

Pelos termos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e do Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, os comissários são eleitos em nome próprio e são independentes e autônomos no exercício de suas funções. Na prática, significa que Vannuchi não exercerá suas funções de comissário como representante do Brasil.

Para impedir dúvidas sobre as avaliações e conclusões da comissão, os comissários não julgam os casos referentes aos seus países. Portanto, se houver uma situação envolvendo o Brasil, Vannuchi, se eleito, não analisará o processo.

A candidatura de Vannuchi, que é cientista social, consultor político e esteve à frente da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010, foi formalizada no fim de março. Atualmente, ele é diretor do Instituto Lula.

Acompanhe tudo sobre:Direitos civisEleiçõesOEA

Mais de Brasil

'Tarifaço' de Trump resgata motivação política de Lula e reanima candidatura para eleições de 2026

'Presidente de uma grande potência decidiu brigar com todo mundo', diz Rui Costa sobre Trump

Decisão de Moraes proíbe Jair Bolsonaro de falar com ao menos 177 pessoas; veja os nomes

Moraes revoga domiciliar de idosas do 8/1 que descumpriram uso da tornozeleira mais de mil vezes