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Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, durante evento em Belém (Luara Baggi/Divulgação)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 12h35.
Belém - A melhor estratégia para o Brasil avançar com as pautas da COP30, como aumentar a colaboração dos países com o Fundo Florestas para Sempre (TFFF), é liderar pelo exemplo, avalia Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
"A melhor maneira de convencer é praticar. A gente chegou na COP30 com uma redução de quase 50% no desmatamento da Amazônia", disse Santos, em conversa com a EXAME. "Isso nos dá o exemplo da autoridade."
Santos diz, ainda, que a força do presidente Lula pode ajudar a convencer mais países a aumentarem seus compromissos ambientais.
"Com a cobrança que ele faz dos países do Norte Global para que tenham suas normas nacionalmente determinadas e que não seja só o país que financia a descarbonização, mas que tenha os seus próprios métodos para poder diminuir os efeitos dos gases que compõem o aquecimento global, a gente sai cada vez mais fortalecido", afirmou.
"Com as mudanças do clima, os períodos de seca, de chuva, de geada ou dos fenômenos naturais estão se encurtando ou sendo mais intensos. É necessário que a gente reaja à altura. Saio com a esperança de que o fundo de floresta possa ter um efeito prático para a recuperação florestal", afirmou.
A ministra esteve presente na reabertura de uma ala do Museu Emílio Goeldi, que foi reformada. Em seu discurso no evento, na noite de segunda-feira, 10, ela falou ainda sobre a relação entre ciência e saberes tradicionais.
"No nosso governo, ciência e inovação e o conhecimento tradicional são pilares indispensáveis e indissociáveis. Nós temos a convicção de que a ciência, ela tem que ter uma relação dialética com os saberes tradicionais", disse
"Então, a construção de um futuro sustentável para essa região e para o Brasil tem que conter quem vive na Amazônia. Nada sobre elas sem elas", afirmou.