Brasil

Carnaval do RJ já teve acidentes com alegoria desgovernada e incêndios

No desfile de quarta-feira, 20, na Sapucaí, menina precisou amputar a perna após ficar prensada entre alegoria e poste

Desfile de Carnaval na Marques de Sapucaí em 2016 (Foto/Getty Images)

Desfile de Carnaval na Marques de Sapucaí em 2016 (Foto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de abril de 2022 às 12h29.

Última atualização em 21 de abril de 2022 às 12h37.

A noite de desfile das escolas de samba desta sexta-feira foi marcada por um acidente com uma menina de 11 anos na dispersão do Sambódromo, no Centro do Rio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), precisou amputar uma perna em cirurgia. O episódio acontece cinco anos após o Carnaval carioca ter passado por uma de suas mais trágicas ocorrências.

Em 2017, houve acidentes do Grupo Especial após problemas com carros alegóricos durante dois dias. O mais grave aconteceu no primeiro dia, no desfile da Paraíso do Tuiuti, quando 20 pessoas foram prensadas por uma alegoria desgovernada. O carro bateu na grade do Setor 1 no momento que fazia uma curva, e atingiu as pessoas que estavam no local. Uma das vítimas, a radialista Elizabeth Ferreira Jofre, de 55 anos, morreu dois meses depois do acidente, após ter seu quadro de saúde agravado.

Já no segundo dia de desfile, a estrutura de um carro da Unidos da Tijuca cedeu e pelos menos 15 pessoas ficaram feridas.

Em 2019, um homem que atuava como empurrador ficou ferido após tumultuada saída do carro abre-alas da Portela na dispersão da Sapucaí. O profissional foi prensado entre as duas partes do carro. E em 2020, a última alegoria da Acadêmicos da Santa Cruz atingiu parte de uma estrutura ao tentar entrar no Sambódromo, numa situação que não deixou feridos.

Quanto aos episódios anteriores a 2017, chamou atenção outro susto da Unidos da Tijuca, quando um princípio de incêndio no abre-alas assustou as pessoas durante o Desfile das Campeãs em 2007. O Corpo de Bombeiros trabalhou para apagar as chamas que saíam de uma alegoria. Na ocasião, ninguém ficou ferido. Naquele mesmo ano, o carro abre-alas da Grande Rio, pegou fogo quando já havia deixado a avenida e passava pela Rua Frei Caneca. Também não houve feridos.

Em 2003, a Unidos da Tijuca vivenciou um incidente com a atriz Neuza Borges, que caiu enquanto desfilava como destaque na quarta alegoria. Ela fraturou a bacia. Anos depois, a escola foi condenada a pagar R$ 700 mil de indenização à atriz.

Em 1992, no maior incêndio ocorrido no Sambódromo, um carro alegórico da Viradouro pegou fogo um pouco antes do final do desfile, enquanto chegava à dispersão. A atriz Leila Amorim, que vinha como destaque na alegoria, se jogou e foi amparada por componentes da escola, conforme noticiado pelo GLOBO na edição de 3 de março de 1992. O fogo tomou todo o carro, assustando quem estava na Avenida.

Acompanhe tudo sobre:CarnavalEscolas de samba

Mais de Brasil

Moraes formaliza pedido de extradição de Zambelli da Itália para cumprimento de pena

Governo formaliza extinção do contrato de concessão da Rodovia do Aço com K-Infra por ineficiência

Trens, ônibus e aeroportos: Governo de SP lança nova Artesp para ampliar fiscalização de concessões