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Casamento formal é a escolha Nº1 dos casais mais ricos, diz IBGE

Entre quem ganha cinco salários mínimos ou mais, 54,3% optam pelo método tradicional, que inclui subir ao altar e registrar a união no cartório

Em 2022, a união consensual ultrapassou o casamento formal como um todo pela primeira vez no Brasil. (Reprodução/Getty Images)

Em 2022, a união consensual ultrapassou o casamento formal como um todo pela primeira vez no Brasil. (Reprodução/Getty Images)

Luanda Moraes
Luanda Moraes

Colaboradora

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 10h00.

Quanto maior for a renda, maior a chance de um casal passar pelo casamento civil e religioso no Brasil. É isso que mostram os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 5.

De acordo com o novo levantamento, 54,3% das pessoas com renda de cinco salários mínimos ou mais escolhem a formalização completa, seja em cartório e igreja.

Em contrapartida, a união consensual, quando o casal mora junto sem registrar oficialmente, é praticamente rejeitada pelas pessoas desse grupo.

Apenas 2,4% dos brasileiros de alta renda vivem dessa forma, segundo o levantamento.

Renda define tipo de união

O estudo revela uma relação clara entre status socioeconômico e a escolha pela formalização, sendo que: conforme a renda aumenta, o casamento formal se torna mais comum, enquanto a união estável perde espaço entre os casais.

Na faixa de renda entre três e cinco salários mínimos, o casamento civil e religioso já aparece em 26,4% das uniões, ao passo que a união consensual representa 20,2%.

Por outro lado, entre os brasileiros de menor renda, a realidade é inversa. A união consensual domina entre quem ganha até meio salário mínimo, chegando a 52,1% das uniões.

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Os custos de formalização de um casamento, que incluem despesas com cartório, cerimônia religiosa e festa, seriam os principais motivos para a escolha dos casais de menor poder aquisitivo.

Panorama dos casais de renda alta

  • Casamento civil e religioso: 54,3% na faixa de 5+ salários mínimos;
  • União consensual: apenas 2,4% no mesmo grupo de renda;
  • Faixa intermediária (3 a 5 SM): casamento formal em 26,4% e união estável em 20,2%.

Vale destacar que, em 2022, a união consensual ultrapassou o casamento formal como um todo pela primeira vez no Brasil, chegando a 38,9% das uniões.

Apesar disso, essa tendência não tem se aplicado aos brasileiros de maior poder aquisitivo. Para esse grupo, a tradição do casamento com todas as formalizações continua sendo a norma.

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