Brasil

Condomínios pedem na Justiça isenção de IPTU por "prostituição de rua"

Associação pede à Justiça que condene a Prefeitura a regularizar a profissão e impedir seu exercício em áreas denominadas "exclusivamente residenciais"

Prostituição: condôminos solicitaram que a Prefeitura seja condenada a impedir a prostituição em zonas denominadas "exclusivamente residenciais" de SP (Prostituição/Getty Images)

Prostituição: condôminos solicitaram que a Prefeitura seja condenada a impedir a prostituição em zonas denominadas "exclusivamente residenciais" de SP (Prostituição/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2019 às 09h27.

São Paulo — A Associação dos Condomínios Residenciais e Comerciais de São Paulo pediu, em uma ação civil pública, que a Prefeitura seja condenada a impedir a prostituição em zonas denominadas "exclusivamente residenciais". O órgão requer que o município regularize a profissão em até 90 dias, definindo locais e horários para exercer a atividade.

A entidade pede multa de R$ 500 mil ou que sejam os proprietários dos imóveis "atingidos por tal deterioração de sua circunvizinhança desobrigados ao pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) enquanto não solucionada essa grave questão social expressa pela prostituição de rua".

Segundo a associação, nota-se em diversas regiões a concentração de profissionais do sexo "ganhando grande visibilidade ao chamar, de modo nefasto, a atenção dos transeuntes e moradores locais". O documento cita bairros como Moema e Planalto Paulista, na zona sul, e Butantã, na zona oeste.

A associação ainda argumenta que a degradação do entorno leva à "má-fama do bairro, depauperação dos valores dos imóveis, afastando negócios de compra e venda imobiliária, inclusive locação de imóveis".

Segundo a entidade, as concentrações nos locais ocupados pelos profissionais do sexo são clandestinas, "tipicamente organizadas e dominadas por cafetões". A associação vê ausência de regras. "Impera a desordem marcada por brigas, gritos, ruídos, atentados ao pudor, badernas, sequestro relâmpago, tráfico de drogas..."

"Há de se concordar: quem optaria por morar ou estruturar seus negócios em regiões conhecidas como áreas de prostituição pública?", indaga a entidade. Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou.

Acompanhe tudo sobre:PrefeiturasProstitutasSão Paulo capital

Mais de Brasil

Não é só Bolsonaro: 13,5% das prisões do Brasil são domiciliares com uso de tornozeleira eletrônica

Quais são as 10 cidades mais violentas do Brasil? Veja ranking

Quais são as 10 estados mais violentos do Brasil? Veja ranking

'Se ele estiver trucando, vai tomar um seis', diz Lula sobre tarifa de Trump