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COP30: Governo quer mais ação e menos discurso na conferência, diz Alckmin

Declarações do vice-presidente acontecem no início da segunda semana da COP30

Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante a COP30: 'O tempo das promessas já passou' (Leandro Fonseca)

Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante a COP30: 'O tempo das promessas já passou' (Leandro Fonseca)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 11h42.

Última atualização em 17 de novembro de 2025 às 12h01.

BELÉM, PARÁ O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer mais ação e menos discursos na 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que acontece em Belém. Segundo Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, a COP30 deve ser a conferência da implementação.

“O tempo das promessas já passou. Esta COP deve marcar o início de uma década de aceleração e entrega. Um momento em que o discurso se transforma em ação concreta, em que deixamos de debater métodos e passamos, todos nós, a cumpri-los”, afirmou Alckmin nesta segunda-feira, 17, durante a Cerimônia de Abertura do Segmento de Alto Nível.

As declarações de Alckmin acontecem no início da segunda semana da COP30, considerada decisiva para as negociações. Com a chegada de mais de 160 ministros de Estado à capital paraense nesta segunda, a conferência entra na fase considerada decisiva, que vai até sexta-feira, dia 21, quando as delegações precisam transformar impasses técnicos em acordos políticos.

A semana começou com a cerimônia de abertura, que reuniu o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, e a presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock. O ritual diplomático simboliza uma virada nas negociações — e marca o início de uma etapa particularmente desafiadora.

Financiamento dos países ricos aos em desenvolvimento, novas metas de redução de emissões, indicadores de adaptação climática e o polêmico debate sobre combustíveis fósseis seguem sem consenso, reforçando o peso político dos próximos dias.

O vice-presidente reafirmou o papel do Brasil na transição energética e destacou que o país chega à COP30 com uma agenda voltada para a descarbonização, uma vez que “somos pioneiros em bioenergia e biocombustíveis”.

“A transição energética, porém, precisa ser justa. Não pode deixar ninguém para trás. Ela deve gerar emprego, renda e desenvolvimento para todas as regiões do país. O Brasil reafirma ainda o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e avança com iniciativas como o lançamento do Fundo de Florestas”, disse.

Meta na COP30

Segundo Alckmin, a agenda brasileira nos próximos anos se concentrará em implementar as medidas já anunciadas em outras conferências climáticas, além do que for decidido e negociado em Belém. Ele ressaltou a vigência da Lei Combustível do Futuro, que aumentou o percentual obrigatório de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel.

“A meta global é triplicar a geração de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030. Essa data está próxima, mas os dados mostram que a capacidade renovável instalada hoje ainda é apenas metade do necessário para cumprir o objetivo. Por meio de programas e políticas nacionais, o Brasil busca fazer sua parte”, afirmou.

O vice-presidente destacou que a transição entre discurso e prática exige coordenação efetiva entre setor público e privado. “A COP30 marca a transição do regime climático: das negociações para a implementação. As decisões que sairão de Belém reforçarão mecanismos e estimularão novos arranjos para acelerar essa agenda”, finalizou Alckmin.

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