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'Crises de soluços e vômitos constantes me impedem até de falar’, diz Bolsonaro em comunicado

Ex-presidente ficará em casa por todo mês de julho; cancelamento de agenda acontece para 'recuperação', segundo a ex-primeira dama

Bolsonaro atribui suas crises de soluço à facada que levou em 2018 (NELSON ALMEIDA/AFP)

Bolsonaro atribui suas crises de soluço à facada que levou em 2018 (NELSON ALMEIDA/AFP)

Publicado em 2 de julho de 2025 às 11h01.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatou, em um post nesta quarta-feira, 2, ter realizado uma consulta médica de urgência e ter sido orientado a permanecer em repouso absoluto durante o mês de julho.

"Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar de repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crises de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fatos que me impedem até de falar", diz o comunicado publicado por Bolsonaro.

O cancelamento de agendas foi informado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) na última terça-feira, 1. No comunicado, ela afirmou que o ex-presidente permanecerá em "repouso domiciliar para recuperação completa".

A nota de Michelle também diz que "durante esse período, ele ficará afastado de suas atividades habituais, incluindo agendas públicas e atividade político-partidária, retornando tão logo esteja plenamente restabelecido".

O cancelamento de compromissos previstos para os próximos dias já havia sido comunicado a aliados ontem, depois do ex-presidente faltar em evento do PL 60+ na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A nova suspensão de sua participação em agendas do partido acontece cinco dias após Bolsonaro retomar suas atividades, depois de um período de uma semana de afastamento provocada por uma pneumonia infecciosa.

Desde então, Bolsonaro fazia tratamento com antibióticos. A recomendação médica era de repouso e redução de atividades públicas, mas o ex-mandatário esteve presente na manifestação na Avenida Paulista, realizada no último domingo, e viajou para Belo Horizonte na semana passada, para uma reunião com o vice-governador de Minas, Mateus Simões, e participação em um evento do diretório estadual do partido.

Crises de soluços constantes

Assim como na última vez em que se indispôs e cancelou agendas, em Goiás, Bolsonaro estava com um quadro de soluços prolongados. À época, o próprio ex-presidente falou do problema ao deixar o hospital.

"Uma coisa rara, ninguém consegue diagnosticar. Anos atrás já tive esse mesmo problema, anos atrás já tive os mesmos episódios, é uma crise que dura 24 horas, até uma semana de soluço", disse a jornalistas.

"É em função da facada, e a última cirurgia meu sentimento como paciente é que foi muito bem executada".

O episódio ocorre cerca de dois meses depois do ex-chefe do Executivo ter sido submetido a mais uma cirurgia abdominal. Desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, ele enfrenta complicações recorrentes e já passou por sete procedimentos cirúrgicos.

Em junho, o médico responsável por Bolsonaro, Cláudio Biroloni, disse que o ex-presidente precisará passar por uma “reeducação” alimentar para que o quadro de soluços seja resolvido.

"Ele come muito rápido, engole a comida sem mastigar, fala enquanto come. Será preciso reeducá-lo para diminuir as crises de soluço", apontou o médico.

*Com O Globo.

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