Brasil

"Decisão do STF foi muito razoável", diz advogado da J&F

O STF decidiu hoje (29) que os acordos de delação só podem ter seus termos revisados pelo plenário se o delator descumprir o que foi combinado com o MPF

STF: na avaliação do advogado, o julgamento preserva a delação da JBS (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

STF: na avaliação do advogado, o julgamento preserva a delação da JBS (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2017 às 19h56.

Brasília - O advogado Pierpaolo Bottini, que defende o Grupo J&F, elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu nesta quinta-feira, 29, que acordos de colaboração premiada, após homologação, só podem ter seus termos revisados pelo plenário se o delator descumprir o que foi combinado com o Ministério Público Federal (MPF).

Os ministros também firmaram o entendimento de que eventuais ilegalidades que venham a ser descobertas podem levar à anulação do acordo como um todo.

"O que o STF fez foi limitar as hipóteses diante das quais se pode revisar o acordo. E acho que isso foi bastante importante. Então, acho que essa decisão foi muito razoável", comentou Bottini.

Na avaliação do advogado, o julgamento preserva a delação da JBS.

"O plenário entendeu que há uma legalidade, que não altera nenhuma das suas cláusulas e que será revisado se houver uma ilegalidade patente, uma mentira, um fato superveniente. Eu imagino que isso não vai haver, portanto, acho que o acordo vai se manter rígido", avaliou o advogado.

Acompanhe tudo sobre:Delação premiadaGoverno TemerJ&FJBSJoesley BatistaMichel TemerWesley Batista

Mais de Brasil

Após depoimento no STF, Bolsonaro diz que sai de 'cabeça erguida': 'História julgará cada um de nós'

Cassação de Carla Zambelli será votada no plenário da Câmara, diz Motta

Ex-ministro da Defesa diz ao STF ter alertado Bolsonaro sobre 'gravidade' de estado de defesa

CPI das Bets: relatório sugere banir 'Tigrinho' e manter apostas com 'medidas de regulação'