Brasil

Decreto de posse de armas deve incluir anistia a quem não renovou registro

Deputado Alberto Fraga afirmou que medida pretende aumentar validade de registro para 10 anos

Alberto Fraga: Legislação atual exige que registro da posse seja renovado a cada cinco anos (Sergio Moraes/Reuters)

Alberto Fraga: Legislação atual exige que registro da posse seja renovado a cada cinco anos (Sergio Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 21h00.

BRASÍLIA - O governo federal deve incluir no decreto que pretende flexibilizar a posse de armas de fogo uma anistia e um recadastramento para quem possui arma mas perdeu o prazo de renovação da posse de armas de fogo, além de aumentar para 10 anos a validade do registro, disse nesta segunda-feira o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), depois de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

"Hoje existem milhões que têm arma em casa e perderam o prazo de renovação (do registro). Então, essas pessoas, ao serem anistiadas, poderão se recadastrar, regulariza a situação. Ele concordou, desci e falei com o Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil) e eles vão colocar isso também", disse Fraga.

A legislação atual exige que o registro da posse seja renovado a cada cinco anos. O decreto que o governo deve editar nos próximos dias amplia também esse prazo para 10 anos.

Fraga informou ainda que já está decidido também que a declaração da necessidade da posse da arma passará a ser uma declaração de próprio punho de quem pretende possuir uma arma de fogo esclarecendo o porquê da sua necessidade. Hoje, explicou o deputado, a Polícia Federal --responsável por expedir a autorização de posse-- exige uma comprovação dessa necessidade.

Mantém-se as restrições à posse de armas para quem tiver antecedentes criminais, for barrado em exame psicotécnico ou não comprovar a realização de curso de tiro.

A facilitação da posse e do porte de armas de fogo é uma das promessas de campanha de Bolsonaro. A alteração do porte de armas precisa passar pelo Congresso. A facilitação da posse, no entanto, tem trechos que podem ser alterados por decreto, como o presidente pretende fazer, e deve ser uma das primeiras medidas a serem anunciadas pelo governo.

"Eles querem anunciar logo. A primeira medida deve ser essa mesmo, em princípio", disse o deputado.

 

Acompanhe tudo sobre:ArmasGoverno Bolsonaro

Mais de Brasil

Bolsonaro confirma ao STF que deseja receber visitas de Tarcísio durante prisão domiciliar

Oposição anuncia fim da obstrução no Senado após dois dias de ocupação

Análise: pressionado pela oposição, pelos governistas e pelo Centrão, Motta vive um dilema

Anistia, Foro e Motta sob pressão: o que está acontecendo no Congresso?