Brasil

Defesa entra com ação na justiça do Rio para soltar Fabrício Queiroz

Recurso aguarda apreciação da 3ª Câmara Criminal, a mesma responsável por dar foro privilegiado a Flávio Bolsonaro no final de junho

Queiroz: a defesa de Queiroz solicitou a substituição da prisão preventiva pelo regime domiciliar alegando motivos de saúde (Nelson Almeida/AFP)

Queiroz: a defesa de Queiroz solicitou a substituição da prisão preventiva pelo regime domiciliar alegando motivos de saúde (Nelson Almeida/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2020 às 09h13.

Última atualização em 5 de julho de 2020 às 09h14.

A defesa do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz apresentou novo pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) para que ele seja posto em liberdade.

O recurso foi movido pelo advogado Paulo Emílio Catta Preta na semana passada e ainda aguarda apreciação da 3ª Câmara Criminal — a mesma responsável por dar foro privilegiado a Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no final de junho.

Queiroz está preso desde o dia 18 de junho no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Ele foi detido em Atibaia, no interior de São Paulo, na casa do ex-advogado de Flávio Bolsonaro Frederick Wassef e levado à capital fluminense para cumprir pena preventiva por obstrução no caso das "rachadinhas". A ordem de prisão partiu do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, posteriormente afastado do caso.

Após a prisão, a defesa de Queiroz solicitou a substituição da prisão preventiva pelo regime domiciliar alegando motivos de saúde: Queiroz se recupera de um câncer. O advogado Paulo Emílio Catta Preta também questionava as justificativas do Ministério Público fluminense, afirmando que se tratavam de ilações que ignoravam a contemporaneidade dos fatos.

O recurso foi distribuído à desembargadora Suimei Meira Cavalieri, que negou o pedido liminarmente. A magistrada foi vencida no julgamento que concedeu, por dois votos a um, a prerrogativa do foro privilegiado a Flávio Bolsonaro - tirando o caso Queiroz da primeira instância.

Se o novo recurso de Queiroz tiver o mesmo destino do primeiro, o ex-assessor ainda pode ser solto em breve por uma terceira via. Isso porque, com a passagem do inquérito das "rachadinhas" para segunda instância, a validade das diligências determinadas até aqui, incluindo a prisão do policial da reserva, vai ser julgada pelo Tribunal de Justiça do Rio.

Caso os desembargadores entendam que o juiz de primeira instância não tinha legitimidade para determinar a preventiva, a medida poderá ser anulada.

Acompanhe tudo sobre:Fabrício QueirozFlávio Bolsonaro

Mais de Brasil

'Brasil com S de Soberania': Governo lança campanha após tarifaço de Trump

Tarcísio se reúne com chefe da Embaixada dos EUA: 'É preciso negociar'

Dois PMs são presos após morte de homem em Paraisópolis após análise de câmeras corporais

Família de criança que morreu no cânion Fortaleza ia fazer lanche quando menina correu e caiu