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Empresário nega acusação feita por delator sobre repasse a Jucá

Milton de Oliveira Lyra Filho contestou a classificação de um ex-funcionário da empreiteira de que ele era o "lobista" do senador

Jucá: o pagamento teria sido feito pelo empenho do senador na aprovação da Medida Provisória 613 (Adriano Machado/Reuters)

Jucá: o pagamento teria sido feito pelo empenho do senador na aprovação da Medida Provisória 613 (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2017 às 15h49.

São Paulo - O empresário Milton de Oliveira Lyra Filho contestou, por meio de nota, a afirmação feita ex-funcionário da Odebrecht José de Carvalho Filho que, em delação, citou pagamentos que teriam sido feitos ao senador Romero Jucá, por meio de Lyra, classificado por ele como lobista.

O pagamento teria sido feito pelo empenho do senador na aprovação da Medida Provisória 613, que concede incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química.

"É mentira do sr. José Carvalho Filho que eu tenha conversado ou intermediado qualquer tipo de pagamento destinado ao senador Romero Jucá ou a qualquer outro parlamentar. A divulgação irresponsável dessa mentira favorece apenas a quem quer escamotear a verdade e fugir de suas responsabilidades", diz Lyra na nota.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de cinco inquéritos para apurar as acusações dos delatores da empreiteira contra Jucá.

Em planilha, está registrado que o senador recebeu R$ 1,7 milhão sob o codinome de "Aracati" e R$ 1 milhão sob a alcunha de "Cerrado". Os dois pagamentos teriam sido feitos em outubro de 2013.

Em nota, Romero Jucá afirmou que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Também disse que, durante as campanhas eleitorais, sempre atuou dentro da legislação e teve todas as contas aprovadas.

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