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Ex-superintendente da Eletronuclear tem prisão mantida

José Eduardo Brayner Costa Mattos foi denunciado pela Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução de investigação e formação de quadrilha


	Prisões: dados da Operação Radioatividade também revelam que o acusado dificultou investigações internas
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Prisões: dados da Operação Radioatividade também revelam que o acusado dificultou investigações internas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 18h47.

Por maioria dos votos, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) manteve a prisão preventiva do ex-superintendente de Construção da Eletronuclear José Eduardo Brayner Costa Mattos.

Ele foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução de investigação e formação de quadrilha.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), referente à Operação Prypiat, quando ainda fazia parte do quadro da estatal, Costa Mattos recebeu propina da construtora Andrade Gutierrez, por meio de contratos fictícios com a empresa VW Refrigeração para ocultar a origem ilícita dos valores.

Dados da Operação Radioatividade, referente à 16ª fase da Lava Jato, também revelam que o acusado dificultou investigações internas feitas por comissão independente instituída pela Eletronuclear, o que levou a seu afastamento do cargo.

No parecer acatado pelo TRF2, a Procuradoria Regional da República da 2ª Região manifestou-se contra o habeas corpus pedido pela defesa de Costa Mattos alegando que há fortes evidências de que o réu apagou informações contidas em computadores funcionais e que, mesmo afastado da empresa, continuou mantendo contato com funcionários e tentando influir em suas atividades.

Por fim, afirma que a apresentação de dados bancários apenas em fase posterior do processo reforça a suspeita de ocultação de bens.

De acordo com a procuradora regional da República Neide Cardoso, devido às tentativas do acusado de embaraçar as investigações e, a exemplo dos demais ex-diretores da Eletronuclear, a prisão preventiva do acusado continua necessária para assegurar a ordem pública e a aplicação da lei penal.

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