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Fachin deve liberar vídeos de delatores da Odebrecht

O relator da Lava Jato deve rejeitar pedidos dos advogados de delatores para impedir a divulgação de vídeos dos depoimentos prestados

Fachin: as decisões de Fachin serão reveladas ainda em abril, de acordo com o próprio ministro, em declaração na semana passada (Ueslei Marcelino/Reuters)

Fachin: as decisões de Fachin serão reveladas ainda em abril, de acordo com o próprio ministro, em declaração na semana passada (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2017 às 21h31.

Brasília - Em meio à expectativa sobre a resposta aos 320 pedidos da Procuradoria-Geral da República baseados nas delações da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deve rejeitar pedidos dos advogados de delatores para impedir a divulgação de vídeos dos depoimentos prestados, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícia em tempo real do Grupo Estado.

Um dos fundamentos que devem ser levados em conta nas decisões é um artigo da lei que define organização criminosa e regulamenta as delações premiadas (Nº 12.850/2013), segundo o qual o registro audiovisual confere maior fidelidade às informações dos colaboradores.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou em 11 de março, advogados de grande parte dos 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht tentam evitar que os vídeos em que os delatores prestam depoimento ao Ministério Público Federal sejam divulgados à imprensa. Os pedidos foram apresentados individualmente.

As decisões de Fachin serão reveladas ainda em abril, de acordo com o próprio ministro, em declaração na semana passada.

Ele confirmou que os despachos serão publicados em conjunto, negando, assim, rumores de que pedidos de arquivamento fossem respondidos antes.

Ao todo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF 320 pedidos - além dos 83 pedidos de abertura de inquérito, foram 211 de declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, sete pedidos de arquivamento e 19 de outras providências.

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