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Favelas viram opção de hospedagem no Rio na Copa, aponta NYT

Reportagem do jornal americano destaca a adoção de hospedagem em favelas, tendo em vista escassez de leitos e preços altos


	Visat de favela no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro
 (REUTERS/Pilar Olivares)

Visat de favela no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2013 às 12h53.

São Paulo - A corrida dos turistas contra a escassez de hospedagem no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo - e a escolha de estadia em favelas como solução para o problema - foi notícia no jornal NY Times.

Com com quartos de hotel perigosamente em falta, e albergues modestos no Rio de Janeiro cobrando 450 dólares (cerca de 1.074 reais) por uma cama durante o evento, introduz a reportagem, moradores da Rocinha e de outras favelas estão oferecendo suas casas para fãs de futebol ao redor do globo.

A aventura de se hospedar em albergues dentro de uma favela tem seu preço, destaca o jornal. A reportagem cita os tiroteios e a presença do tráfico de drogas como parte da rotina de certas regiões da cidade. Os perigos são compensados no preço cobrado por moradores, que podem chegar até a 100 reais por noite.

O NY Times reporta que a cidade espera 300 mil visitantes, mas tem apenas 55.400 leitos disponíveis para o período. A demanda provocou o aumento de preços de hotéis, que, em média, dobraram diante do que custam regularmente, segundo estudo citado na matéria.

A publicação diz ainda que “calor humano e autenticidade” são fatores que podem pesar a favor da hospedagem em áreas pacificadas. Cena musical vibrante, preços mais baratos e falta de pretensão em comparação à regiões mais ricas da cidade são elementos positivos, diz o texto.

A demanda criou até mesmo o nascimento de startups como a "Favela Experience", que promete "acomodações acessíveis durante a Copa do Mundo", informa a reportagem. As autoridades brasileiras esperam receber cerca de 600 mil turistas durante a Copa do Mundo.

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