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FHC diz que Brasil precisa de ar e sangue novos

"Nós ainda estamos com os olhos no passado", disse o ex-presidente. Ele destacou que a economia contemporânea requer inovação


	Fernando Henrique Cardoso: "É preciso ter coragem para dizer as coisas, sem agressividade, mas com clareza: já está passando da hora, há momentos em que é preciso renovar"
 (Germano Luders/EXAME)

Fernando Henrique Cardoso: "É preciso ter coragem para dizer as coisas, sem agressividade, mas com clareza: já está passando da hora, há momentos em que é preciso renovar" (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 15h32.

Brasília - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu, nesta terça-feira, 25, que o Brasil precisa de "ar novo" e "sangue novo".

Em solenidade no Senado de homenagem aos 20 anos do Plano Real, o ex-presidente disse que a democracia requer sempre renovação e que está na hora de mostrar ao país que há caminhos.

"É preciso ter coragem para dizer as coisas, sem agressividade, mas com clareza: já está passando da hora, há momentos em que é preciso renovar", afirmou.

Sob risos da plateia, Fernando Henrique disse que a sua geração "já passou". "Somos todos octogenários, nós já morremos". Segundo ele, é preciso "passar para outra geração", uma vez que o país tem muita gente jovem e com entusiasmo para mudar.

O ex-presidente afirmou que o Brasil está avançando e destacou que é bom que avance mesmo. Mas defendeu que chegou o momento de o país tomar novos rumos.

"Nós ainda estamos com os olhos no passado", disse. Ele destacou que a economia contemporânea requer inovação.

"Nós descuidamos disso, estamos sentindo que está pulsando e que é preciso de uma nova palavra para abrir novos horizontes para o Brasil", continuou.

Fernando Henrique disse ter sido criticado durante suas gestões porque não foi aprovada uma ampla reforma política. Mas, numa crítica ao governo Dilma Rousseff, disse que o momento chegou diante do quadro de fragmentação partidária.

"Agora não dá mais, não dá mais, não é possível conviver com 30 partidos e 39 ministérios. É a receita para a paralisação da administração".

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