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'Geram empregos e pagam impostos': associação de lojistas da 25 de março responde Trump

Diante das acusações do governo dos Estados Unidos, entidade disse que práticas de comércio ilegal na região são "continuamente fiscalizadas e combatidas pelos órgãos públicos competentes"

25 de março: Em nota à EXAME, Univinco reconheceu que há comércio irregular em "galerias específicas", mas disse que os casos "não representam a imensa maioria dos lojistas da região (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

25 de março: Em nota à EXAME, Univinco reconheceu que há comércio irregular em "galerias específicas", mas disse que os casos "não representam a imensa maioria dos lojistas da região (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Publicado em 16 de julho de 2025 às 15h45.

Última atualização em 16 de julho de 2025 às 18h22.

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Tida como o maior centro de comércio popular da América Latina, a região da 25 de Março foi citada em relatório do Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) nesta quarta-feira, 16, em anúncio da abertura de uma investigação comercial contra o Brasil. E a Univinco, associação que representa os lojistas do local, rebateu as acusações.

Em nota à EXAME, Univinco reconheceu que há comércio irregular em "galerias específicas", mas disse que os casos "não representam a imensa maioria dos lojistas da região, que atuam de forma legal e transparente". A entidade também rebateu a tese de que o comércio irregular na região não seja combatido pelas autoridades responsáveis. "Essas práticas são continuamente fiscalizadas e combatidas pelos órgãos públicos competentes".

Na mira dos EUA?

Segundo o documento da USTR, o país "não conseguiu combater de forma eficaz" a distribuição e venda de itens piratas, como consoles de videogames modificados e dispositivos de streaming ilícitos. "O Brasil adota uma série de atos, políticas e práticas que aparentemente negam proteção e aplicação adequadas e eficazes aos direitos de propriedade intelectual".

A região reúne mais de 3 mil estabelecimentos formais, segundo a Univinco. “Ressaltamos que estes produtos comercializados na região são importados principalmente da China, e não possuem qualquer relação com os Estados Unidos”, aponta a nota. “O comércio da 25 de Março segue forte, diversificado e comprometido com a legalidade, oferecendo aos consumidores variedade, bons preços e qualidade.”

O relatório do USTR integra uma investigação comercial aberta pelo governo de Donald Trump contra o Brasil. Além de críticas a 25 de Março, o documento menciona o sistema de pagamentos Pix como possível prática desleal em relação a empresas americanas.

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