Repórter
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 16h52.
Última atualização em 15 de agosto de 2025 às 17h20.
O governo dos Estados Unidos cancelou o visto da esposa e filha de Alexandre Padilha (PT), ministro da Saúde. As duas, que estão no Brasil, foram notificadas sobre a suspensão na manhã desta sexta-feira, 15, por meio de um e-mail enviado pelo Consulado Geral dos EUA em São Paulo.
Nos comunicados, o governo americano informa que os vistos foram cancelados porque, após a emissão, "surgiram informações indicando" que a esposa de Padilha e a filha não eram mais elegíveis.
Nos últimos dias, Padilha intensificou suas críticas ao presidente americano, Donald Trump. Ele já estava com o visto vencido desde o ano passado, portanto, ele não foi afetado pela medida, segundo informações do jornal O Globo.
A ministra de Relações Institucionais do governo, Gleisi Hoffmann (PT), foi ao X criticar a suspensão de visto da família de Padilha, a qual chamou de "covardia":
"Punir uma criança, a família do ministro Padilha, como fez o governo Trump provocado por Bolsonaro, é muita covardia. É assim que agem a extrema direita e seus cúmplices. Mas o Brasil se orgulha do ministro que fez o Mais Médicos e de toda sua equipe. Salvaram vidas, ao contrário do que Bolsonaro fez na pandemia."
Nesta quarta-feira, o governo americano anunciou a revogação do visto de funcionários brasileiros envolvidos no programa Mais Médicos. O Departamento de Estado Americano informou que as sanções atingiram Mozart Julio Tabosa Sales, Alberto Kleiman e seus familiares. Mozart e Kleiman atuaram no Ministério da Saúde durante a implementação e o planejamento do programa no Brasil.
Kleiman atualmente é coordenador para a COP30 na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), uma organização intergovernamental, formada por oito países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Com isso, os dois não poderão mais viajar aos Estados Unidos.
De acordo com o governo americano, os dois "desempenharam um papel no planejamento e na implementação do programa. Nossa ação envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que viabilizam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano", diz a nota do governo.