Brasil

Governo pede R$ 160,5 bilhões do FGTS para habitação e infraestrutura em 2026

Valor representa aumento de 5% em relação a 2025 e reforça aposta do governo Lula na política habitacional e urbana

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 07h52.

O Ministério das Cidades pediu R$ 160,5 bilhões em recursos do FGTS para financiamentos nos setores de habitação, saneamento, mobilidade e infraestrutura em 2026, afirmou o ministro Jader Filho ao Globo.

Esse volume, solicitado ao Conselho Curador do FGTS, representa um aumento de cerca de 5% em relação à verba disponível este ano, de R$ 152 bilhões. O Conselho ainda irá analisar o pedido.

"Não é só o Minha Casa, Minha Vida. Parte disso é para saneamento, mobilidade, obras de infraestrutura na cidade", disse o ministro, destacando o crescimento da verba, que era de R$ 66 bilhões em 2023.

Do total solicitado, R$ 144,5 bilhões devem ser destinados à habitação, principalmente ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), um crescimento de 1,8% em relação aos recursos disponíveis em 2025.

Nos últimos anos, a forte demanda por crédito imobiliário tem levado ao remanejamento de recursos do fundo ao longo do exercício. Em julho, por exemplo, foi aprovado um aporte adicional de R$ 10 bilhões para habitação, após o esgotamento das verbas inicialmente previstas.

Expansão da política habitacional

A ampliação da política habitacional é uma das principais apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impulsionar sua popularidade, especialmente entre a classe média.

Nesta segunda-feira, Lula lançou o programa Reforma Casa Brasil, que facilita o acesso a crédito para melhoria de moradias.

O programa atenderá famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação.

Serão R$ 30 bilhões do Fundo Social, voltados a famílias com renda de até R$ 9.600. A Caixa também disponibilizará R$ 10 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para rendas superiores a esse limite, totalizando R$ 40 bilhões em crédito habitacional. As famílias poderão contratar até R$ 30 mil em empréstimos.

A meta inicial é de 1,5 milhão de contratações, e a Caixa deve iniciar as operações a partir do início de novembro, segundo o ministro das Cidades.

Novas faixas e crédito imobiliário

O anúncio do programa de reformas sucede outras iniciativas do governo Lula 3 neste ano. Houve a criação da faixa 4 do MCMV, voltada a famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12.000.

Além disso, o governo anunciou um novo modelo de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE), que deve injetar cerca de R$ 50 bilhões adicionais no mercado em um ano.

Com os novos aportes, o governo espera consolidar o Minha Casa, Minha Vida e ampliar o acesso à moradia e à infraestrutura urbana no país.

Em paralelo, houve ainda a atualização do teto do imóvel para financiamentos via o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que tem juros limitados a 12%. Sob as novas regras do SBPE, 80% dos empréstimos terá de ser feito no SFH.

Acompanhe tudo sobre:Ministério das CidadesFGTSHabitação no Brasil

Mais de Brasil

STF julga sete acusados do 'núcleo quatro' da trama golpista nesta terça-feira

Lewandowski vai à Câmara prestar esclarecimentos sobre atuação do Ministério da Justiça

Conselho de Ética refaz sorteio de relatorias e ouve testemunhas no caso Janones

Lula embarca para missão no Sudeste Asiático e pode se reunir com Trump