Brasil

Governo procura 145 mil pessoas para receberem benefícios

Objetivo é encontrar idosos carentes e pessoas com deficiência que podem participar do programa social Benefício de Prestação Continuada

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, espera encontrar as pessoas que não recebem do programa (Antonio Cruz/ABr)

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, espera encontrar as pessoas que não recebem do programa (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 16h52.

Brasília - O governo procura 145 mil idosos com baixos rendimentos econômicos e portadores de deficiência que têm o direito a Benefício de Prestação Continuada (BPC). De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, são pessoas que têm o perfil para serem beneficiárias, mas que não recebem o benefício do governo.

“A nossa avaliação é que em torno de 145 mil idosos e pessoas com deficiência deveriam estar recebendo [o benefício] e ainda não recebem”, disse a ministra.

O benefício tem o valor de um salário mínimo e atende a pessoas com idade de 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, incapacitada para a vida independente e para o trabalho, que comprove não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família. Em ambos os casos, é necessário que a renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a um quarto do salário mínimo.

Segundo a ministra, além da busca, a presidenta Dilma Rousseff deverá também lançar um plano voltado para pessoas com deficiência que se enquadrem no perfil dos beneficiários da prestação continuada. A ministra não quis dar detalhes sobre o plano, mas disse que ele deve envolver todos os ministérios. “Vai atingir, fundamentalmente, as pessoas pobres e extremamente pobres. Mas vai ser voltado para aqueles que têm perfil dos beneficiários do BPC”.

Tereza Campello participou de audiência pública nas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais do Senado e falou, também, sobre outros programas assistenciais do governo. Segundo a ministra, ao governo tem desenvolvido mecanismos de monitoramento dos beneficiários dos programas. “A fiscalização é uma das coisas que garantiu que a gente tivesse avançado nos programas de transferência de renda”.

A ministra informou, ainda, que os dados do Bolsa Família comprovam que os beneficiários do programa não deixam de trabalhar. “Hoje 72% das pessoas que recebem o benefício trabalham, porém em atividades que não lhes permite sustentar suas famílias”. O governo tem ainda, de acordo com ela, a intenção de melhorar a cobertura desses programas no município de São Paulo, onde a adesão ainda é baixa.

Acompanhe tudo sobre:Bolsa famíliaGovernoTerceira idade

Mais de Brasil

"Inaceitável e arbitrária", afirma Lula sobre revogação de vistos de ministros do STF pelos EUA

Donald Trump mira e a 25 de Março reage: como comerciantes avaliam investigação dos EUA

Bolsonaro será preso? Entenda os próximos passos do processo no STF

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA