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Governo recua e anula nomeação controversa para dirigir o Enem

Indicação para o cargo gerou polêmicas. Ligado a Olavo de Carvalho, o economista Murilo Resende não tem experiência com educação básica

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 08h18.

Última atualização em 18 de janeiro de 2019 às 08h20.

São Paulo - O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tornou sem efeito nesta quinta-feira, 17, a portaria publicada na véspera que indicou o doutor em Economia Murilo Resende Ferreira à diretoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) responsável pela gestão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A decisão que destitui Ferreira do cargo de diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, publicada na noite desta quinta. No texto, o ministro da Casa Civil não explica o motivo da dispensa do economista.

A indicação de Ferreira para o cargo provocou controvérsia desde que foi anunciada, no início do ano. Ligado ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho, o economista não tem experiência com educação básica, foi acusado de plagiar um texto acadêmico e teve posições homofóbicas reveladas em antigas publicações em redes sociais. Ferreira também já chamou professores de "manipuladores" e de "gente que não quer estudar".

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