Brasil

Haddad não poderá usar arrecadação de vaquinha virtual

Lula arrecadou 500 mil reais, mas, segundo o TSE, as "vaquinhas virtuais" só poderão ser usadas pelo próprio candidato

 (Fábio Teixeira/Site Exame)

(Fábio Teixeira/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 09h58.

Brasília - A arrecadação virtual para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou os R$ 500 mil, mas o dinheiro não poderá ser usado por Fernando Haddad, candidato a vice, caso o ex-prefeito venha a ser alçado à cabeça da chapa.

Condenado na Lava Jato a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula está preso desde abril em Curitiba. Mesmo assim, o PT pretende registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até quarta-feira, último dia do prazo, com Haddad de vice. Como o petista deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-prefeito pode assumir a chapa.

Segundo o TSE, as "vaquinhas virtuais" só poderão ser usadas pelo próprio candidato. Se o PT registrar outra candidatura que não a de Lula até quarta, terá de devolver o dinheiro aos doadores, como rege resolução da Corte. É o que ocorreria também com a vaquinha virtual feita por Manuela D'Ávila (PCdoB), considerada "plano B" para ser vice na chapa petista.

Já se a candidatura de Lula for registrada e barrada posteriormente, o dinheiro que não for gasto até a data da decisão pelo indeferimento será remetido ao partido ao fim da campanha. "Se a campanha for encerrada e houver sobras, elas têm de ser destinadas ao partido político", afirmou o ex-ministro do TSE Henrique Neves.

Procurado, o PT disse que trabalha de acordo com a lei e não comenta hipóteses.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Fernando HaddadTSE

Mais de Brasil

Cidade do Rio pode ter o dia mais frio do ano nesta quinta-feira; veja previsão

Com maioria formada para ampliar responsabilização de plataformas, STF continua julgamento

CPI das Bets vota relatório final com pedido de indiciamento de influenciadoras

Senado aprova fim de atenuante de idade para crimes de estupro