Brasil

Jucá anuncia para segunda divulgação da nova meta fiscal

Segundo ele, a previsão de décifit não trará o impacto da Eletrobras, já que o balanço da estatal está pendente


	Romero Jucá: “A Eletrobras será uma ressalva no processo de meta fiscal. Não será numericamente explicitado”
 (Pedro França/Agência Senado)

Romero Jucá: “A Eletrobras será uma ressalva no processo de meta fiscal. Não será numericamente explicitado” (Pedro França/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 18h24.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, disse hoje (19) que a nova meta fiscal será divulgada na segunda-feira (23).

Segundo ele, a previsão de décifit não trará o impacto da Eletrobras, já que o balanço da estatal está pendente.

“A Eletrobras será uma ressalva no processo de meta fiscal. Não será numericamente explicitado”, adiantou Jucá ao deixar o Ministério da Fazenda, onde encontrou-se com o titular da pasta, Henrique Meirelles.

A KPMG, empresa contratada para fazer a auditoria balanço da Eletrobras, não quer assinar o documento por não conseguir calcular os prejuízos da estatal com irregularidades.

Além da Eletrobras o governo deve incluir, no cálculo da meta fiscal, a dívida dos estados. A equipe da presidente afastada Dilma Rousseff projetava um déficit primário de R$ 96,7 bilhões em 2016.

No entanto, a área econômica de Temer afirma que o déficit será maior e está fechando os números.

Contingenciamento

Amanhã (20), o Planejamento divulgará o Relatório de Receitas e Despesas, documento publicado a cada bimestre detalhando a execução do Orçamento.

Segundo Jucá, o relatório trará a observação que o governo tem até 30 de maio para mudar a meta fiscal.

Caso o Congresso não aprecie a mudança até a data, o governo tem de fazer contingenciamento e a máquina pública pode parar.

Mais cedo, no Senado Federal, Jucá informou que a apreciação da nova meta pelo Congresso deve acontecer no dia seguinte ao seu envio, portanto, na terça-feira (24).

Na Fazenda, ele reiterou que o fato de a mudança na meta e a votação ficarem para a próxima semana não implica em contingenciamento. “Contingenciamento só a partir do dia 30, se não houver meta aprovada”, afirmou.

O ministro conversou com Meirelles acompanhado da economista Maria Silvia Bastos Marques, escolhida pelo governo interino de Michel Temer para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Acompanhe tudo sobre:Ministério do PlanejamentoOrçamento federal

Mais de Brasil

Queda de balão em SC: polícia já tem principal linha de investigação

Brasileira desaparecida após acidente em vulcão na Indonésia foi localizada, diz família

Pressionado pelo Congresso, governo acelera liberação de emendas parlamentares

Barroso busca consenso entre ministros do STF no julgamento da responsabilização das redes sociais