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Juiz federal acata pedido do MPF e Nuzman permanecerá preso

No pedido, o MPF destacou que "a ocultação do dinheiro ilícito produzido pela corrupção sistêmica" perduram até hoje

Nuzman: procuradores também alertaram que Nuzman continuava a atuar em benefício próprio (Bruno Kelly/Reuters)

Nuzman: procuradores também alertaram que Nuzman continuava a atuar em benefício próprio (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 19h58.

Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 20h25.

Rio - O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e converteu nesta segunda-feira a prisão temporária de Carlos Arthur Nuzman em prisão preventiva, quando não há prazo para terminar.

Bretas também determinou a prorrogação da prisão temporária de Leonardo Gryner, apontado como braço direito de Nuzman.

No pedido, o MPF destacou que "a ocultação do dinheiro ilícito produzido pela corrupção sistêmica" perduram até hoje.

Na deflagração da Operação Unfair Play, os procuradores apontaram para a ocultação de bens de Carlos Arthur Nuzman, incluindo 16 barras de ouro depositadas em um cofre na Suíça.

Os procuradores também alertaram que Carlos Arthur Nuzman continuava a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Rio-2016, do qual também é presidente, bem como a sua influência sobre as pessoas que lá trabalham.

Eles citaram um e-mail do cartola datado de 25 de setembro deste ano - portanto, após deflagração da operação -, em que ele determinava "urgência" no pagamento do escritório Nelio Machado Advogados, que atua em sua defesa.

O pagamento solicitado era de R$ 5,5 milhões, mas o Estado apurou que a liberação do montante não foi autorizada por não passar pelas regras de governança do comitê. O Rio-2016 tem dívidas na casa dos R$ 100 milhões.

O MPF também pediu a prorrogação da prisão provisória de Leonardo Gryner, que também está preso desde a quinta-feira passada.

Ele é apontado pelos investigadores como "braço direito" de Carlos Arthur Nuzman e divide a cela com o dirigente na cadeia de Benfica, na zona norte do Rio, onde estão confinados os investigados na Operação Lava Jato.

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