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Juliana Marins: veja linha do tempo da tragédia na Indonésia

Acidente ocorreu enquanto brasileira realizava uma trilha no Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais desafiadores da Indonésia

Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta; brasileira fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia (resgatejulianamarins/Instagram)

Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta; brasileira fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia (resgatejulianamarins/Instagram)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de junho de 2025 às 11h28.

A morte de Juliana Marins de 24 anos no vulcão Rinjani, na Indonésia, comoveu o Brasil e o mundo na semana passada. O acidente ocorreu enquanto ela realizava uma trilha no Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais desafiadores da Indonésia.

Confira uma linha do tempo do acidente de Juliana Marins:

  • Sábado (21/06)

Juliana Marins estava realizando uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok, quando escorregou e caiu cerca de 200 metros em terreno íngreme e de difícil acesso. As condições do local dificultaram imediatamente as operações de resgate.

Imagens feitas por drone mostraram Juliana ainda viva e sentada na encosta do vulcão, mas imóvel, o que gerou um misto de esperança e angústia entre seus familiares e as equipes de resgate.

  • Domingo (22/06)

Dois dias após o acidente, Mariana Marins, irmã de Juliana, desmentiu uma versão que havia sido compartilhada anteriormente de que a jovem havia sido encontrada e assistida por equipes de resgate. Mariana corrigiu a informação, afirmando que Juliana ainda seguia desaparecida, após confirmar com as autoridades locais que as buscas continuavam sem sucesso.

  • Segunda (23/06)

No terceiro dia de buscas, o clima e o terreno dificultavam ainda mais a operação. As equipes de resgate indonésias enfrentavam sérias dificuldades, mas as buscas foram retomadas. A família de Juliana informou que ela estava há mais de 60 horas desamparada e escorregando montanha abaixo.

O Parque Nacional do Monte Rinjani, em comunicado oficial, informou que Juliana foi localizada por drone em um penhasco rochoso, a cerca de 500 metros de profundidade, mas já imóvel e sem respostas aos estímulos visuais.

  • Terça (24/06)

O resgate, que já estava sendo dificultado pelas condições do terreno e clima adverso, foi intensificado. Uma furadeira foi levada para o local para ajudar as equipes de resgate a escalar a região de difícil acesso. Também se cogitou o uso de helicópteros para evacuar Juliana, mas o clima impediu a viabilidade dessa opção. Após quatro dias desaparecida, Juliana foi encontrada sem vida.

  • Quarta (25/06)

O corpo de Juliana Marins foi retirado com sucesso do Monte Rinjani. No entanto, as condições climáticas continuaram a dificultar a operação. O corpo foi içado pelas equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) e transportado até uma base antes de ser enviado para um hospital para os procedimentos necessários.

  • Sexta (27/06)

A autópsia realizada em Bali revelou que Juliana morreu devido a um traumatismo por força contundente. A lesão interna causou danos graves aos órgãos, além de hemorragia. A morte foi confirmada como imediata, ocorrendo dentro de no máximo 20 minutos após o impacto da lesão mais severa.

  • Sábado (28/06)

Em um apoio à família, a Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, arcou com as despesas de repatriação do corpo. A família de Juliana recebeu a ajuda da prefeitura, que pagou R$ 55 mil para o translado e para os procedimentos do sepultamento, que ocorrerá na cidade.

O que aconteceu com a brasileira que caiu no vulcão na Indonésia?

A brasileira caiu no Monte Rinjani, na Indonésia, enquanto realizava uma trilha guiada no sábado, 21.

A publicitária de Niterói ficou presa a uma profundidade de aproximadamente 500 metros por quatro dias.

Como a brasileira caiu?

Juliana estava caminhando com outros turistas e um guia local pela trilha do Monte Rinjani, quando reclamou de cansaço e parou.

O guia seguiu adiante, deixando Juliana sozinha. A jovem, então, caiu.

Quantas pessoas já caíram no vulcão Rinjani?

O vulcão no Monte Rinjani é conhecido por ser um destino turístico desafiador, com uma trilha considerada uma das mais complicadas na Indonésia. O Parque Nacional de Rinjani, para garantir a segurança, suspendeu temporariamente o acesso de turistas à trilha do vulcão.

O Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, é o segundo maior vulcão da Indonésia, com impressionantes 3.726 metros de altura. Este vulcão ativo apresenta risco de erupção, apesar de a última atividade vulcânica significativa ter ocorrido entre agosto e setembro de 2016, segundo o Programa Global de Vulcanismo do Smithsonian Institution.

O Rinjani já foi cenário de diversos acidentes fatais envolvendo turistas. Em maio de 2025, um turista malaio de 57 anos morreu após cair enquanto escalava o vulcão.

Em 2022, um turista português também faleceu ao despencar de um penhasco no cume do vulcão. Este não foi o único caso trágico: em 2012, um grupo de sete estudantes morreu durante uma escalada, destacando a periculosidade da trilha.

Além dos acidentes causados por quedas, o vulcão Rinjani também foi atingido por um terremoto de 6,4 de magnitude em 2018, o que resultou em desabamentos nas trilhas e provocou a morte de 17 pessoas.

Mais de 330 turistas ficaram feridos, conforme os relatos da imprensa internacional e autoridades locais.

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