Brasil

Justiça absolve Lula, Dilma, Palocci e Mantega no "quadrilhão do PT"

Magistrado disse que não foram apresentadas provas para comprovar que os acusados formaram uma organização criminosa, como afirmava denúncia

Dilma Rousseff e Lula: ex-presidentes foram absolvidos por Justiça (Victor Moriyama/Getty Images)

Dilma Rousseff e Lula: ex-presidentes foram absolvidos por Justiça (Victor Moriyama/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 21h28.

A Justiça Federal decidiu nesta quarta-feira (4) absolver sumariamente os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além outros integrantes do PT, pelo crime de organização criminosa. Pela decisão, proferida pelo juiz Marcos Vinicius Reis Bastos, da 10ª Vara Federal em Brasília, também foram absolvidos da acusação os ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Em 2007, a denúncia foi feita pelo ex-procurador Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi enviada à primeira instância da Justiça Federal. De acordo com procuradoria, o grupo teria montado uma organização criminosa, entre 2002 e 2016, para desviar recursos da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério do Planejamento.

Segundo a acusação, Lula foi um dos responsáveis pela liderança da organização criminosa. Ao julgar o processo, o magistrado disse que não foram apresentadas provas para comprovar que os acusados formaram uma organização criminosa. "A utilização distorcida da responsabilização penal, como no caso dos autos de imputação de organização criminosa sem os elementos do tipo objetivo e subjetivo, provoca efeitos nocivos à democracia, dentre elas a grave crise de credibilidade e de legitimação do poder político como um todo", disse o juiz.

Acompanhe tudo sobre:PT – Partido dos TrabalhadoresGoverno DilmaLuiz Inácio Lula da SilvaGuido MantegaAntonio Palocci

Mais de Brasil

Governador do Tocantins é afastado em operação da PF que investiga desvio de recursos

Defesa de Bolsonaro se manifestará nesta quarta; veja o que esperar do 2º dia de julgamento

Bolsonaro não vai à sessão no STF em que sua defesa será apresentada, dizem advogados

STF aumenta a pena de militares por estupro de vulnerável e iguala a punição dos civis