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La Niña pode voltar neste trimestre, diz Organização Meteorológica Mundial; saiba o que esperar

Fenômeno retorna ao Brasil neste mês e pode trazer mudanças climáticas

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 10h43.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que o fenômeno La Niña pode retornar a partir de setembro, com uma probabilidade de 55% entre setembro e novembro.

Essa chance aumenta para cerca de 60% entre outubro e dezembro. A previsão ocorre após um período de condições neutras no Pacífico desde março de 2025, quando não houve atividade de El Niño nem La Niña.

Embora o retorno do La Niña seja uma possibilidade, a OMM ressalta que as temperaturas globais continuarão acima da média devido ao aquecimento global, resultado das atividades humanas.

Isso significa que, apesar do resfriamento local causado pelo La Niña, os efeitos do aquecimento global continuarão a intensificar eventos climáticos extremos, como secas, chuvas intensas e ondas de calor.

O que é o La Niña e como ele afeta o Brasil?

La Niña é caracterizada pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico próximo à linha do Equador, o que altera a circulação atmosférica e modifica padrões de ventos, pressões e incidências de chuvas.

No Brasil, esse fenômeno tende a aumentar as chuvas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto reduz a precipitação no Sul e Centro-Oeste, devido às temperaturas mais baixas no Pacífico.

Desafios climáticos regionais e globais

Apesar do efeito resfriador local do La Niña, a crise climática global mantém as temperaturas elevadas em nível planetário, com consequências ainda mais severas para o clima, especialmente no hemisfério Norte e em partes do hemisfério Sul.

Isso significa que, mesmo com a influência do La Niña, as temperaturas médias globais devem permanecer acima do normal, exigindo atenção e planejamento para a adaptação aos novos padrões climáticos.

A OMM destaca que as previsões sazonais, como as do La Niña, são fundamentais para a orientação de setores econômicos essenciais, como agricultura, energia, saúde e transporte.

Elas ajudam a mitigar os impactos das variações climáticas e protegem vidas, tornando crucial o planejamento estratégico para enfrentar os desafios trazidos pela mudança climática.

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