(Ricardo Stuckert/Facebook/Reprodução/AEN/Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 07h02.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a vantagem e segue liderando todos os cenários de primeiro e segundo turno das eleições presidenciais de 2026, de acordo com uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18.
A pesquisa confirma um cenário de estabilidade do presidente nos cenários eleitorais. A vantagem de Lula varia entre sete e 19 pontos percentuais, a depender do adversário.
Na pesquisa anterior, a diferença máxima era de 16 pontos.
O melhor desempenho do petista é contra os governadores Romeu Zema (Novo), Eduardo Leite (PSD), Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr (PSD) e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Lula também abriu vantagem em relação a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro (PL).
A menor diferença de percentual de voto é observada nas simulações contra o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No cenário contra Bolsonaro, Lula venceria com 47% das intenções de voto contra 35% do ex-presidente, com diferença de 13 pontos.
Entre o petista e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, a vantagem do presidente é de 15 pontos, 47% contra 32%.
Na disputa contra Tarcísio, o presidente tem 43% contra 35% do governador paulista. Mesmos percentuais registrados em agosto.
Testado pela primeira vez pela Quaest, Ciro Gomes é o adversário de Lula com menor diferença de intenção de votos, com 33% contra 40% do petista.
O levantamento mostra que Lula teria vantagem de 12 pontos percentuais contra Ratinho Júnior (44% a 32%), de 19 pontos contra Eduardo Leite (45% a 26%), de 18 pontos contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (47% a 29%), de 13 pontos contra Romeu Zema (45% a 32%) e de 15 pontos contra Ronaldo Caiado (47% a 32%).
Os dados mostram que a principal diferença das últimas pesquisas é o percentual de votos dos adversários, que tem diminuído nos últimos meses.
Enquanto Lula se mantém com percentuais entre 40% e 47%, nomes como Bolsonaro, Michelle e governadores de direita têm perdido intenções de voto.
Bolsonaro apresenta uma queda de 7 pontos percentuais desde maio. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também vem caindo desde maio, quando tinha 39%, e chega a setembro com 32%.
O mesmo movimento aconteceu com Eduardo Bolsonaro, que teve 29% das intenções de voto.
O pior desempenho é o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que caiu 10 pontos percentuais desde julho.
A pesquisa Quaest ouviu 2004 brasileiros acima de 16 anos entre os dias 12 e 14 de setembro, por entrevistas presenciais com questionários estruturados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, e o índice de confiança é de 95%.
Lula x Bolsonaro
Lula x Tarcísio
Lula x Michelle
Lula x Ciro
Lula x Ratinho
Lula x Leite
Lula x Eduardo
Lula x Zema
Lula x Caiado
A pesquisa traçou cinco cenários na pesquisa estimulada. Só o primeiro contempla a hipótese de candidatura do ex-presidente Bolsonaro. Neles todos, Lula aparece com intenções de voto de 34% a 35%, e o melhor desempenho é o de Bolsonaro, com 28%. O pior é o do senador Flavio Bolsonaro.
A pesquisa traçou oito cenários na pesquisa estimulada do primeiro turno, simulando o lançamento de mais de uma candidatura de oposição a Lula. O petista lidera em todos os cenários com percentuais entre 32% e 43% das intenções de voto.
As disputas mais acirradas entre os adversários do presidente seriam entre Tarcísio e Ciro (17% x 13%), Tarcísio e Eduardo Bolsonaro (20% x 16%), Eduardo Bolsonaro, Ciro e Ratinho (empate dos dois primeiros em 14% e 10%).
Na pesquisa espontânea, em que nenhum nome é apresentado ao entrevistado, o nome de Lula teve nova oscilação positiva, alcançando 18% das intenções de voto. O petista vem apresentando uma tendência de alta desde março, quando registrava apenas 9%.
Bolsonaro aparece com 6%, marcando o terceiro recuo consecutivo, enquanto Tarcísio soma 2%, com uma oscilação positiva de 1 ponto percentual. Ciro Gomes tem 1%, e Michelle e Ratinho não foram mencionados. O percentual de indecisos é de 68%, mantendo-se estável em relação às duas pesquisas anteriores.
A candidatura do presidente Lula continua sendo rejeitada pela maioria dos entrevistados, com um resultado estável em comparação às duas pesquisas anteriores. São 59% os que se opõem à sua candidatura, ante 58% em agosto e julho. Outros 39% defendem que o candidato seja o próprio Lula.
Caso o presidente não se candidate à reeleição, o vice-presidente Geraldo Alckmin é o preferido para sucedê-lo, com 9%. São 8% os que não aprovam nenhum dos nomes apresentados até agora.
O percentual de pessoas que consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria apoiar outro candidato subiu 11 pontos percentuais em relação à pesquisa de agosto, passando de 65% para 76%.
Entre os que se identificam como bolsonaristas, a variação foi ainda maior: 15 pontos. Hoje, 46% defendem que o ex-presidente apoie outro nome, contra 31% em agosto. O maior aumento na opinião contrária à candidatura veio da direita não-bolsonarista, com 21 pontos percentuais de variação, passando de 53% para 74%.
São 19% os que acreditam que Bolsonaro deveria manter sua candidatura. Caso o ex-presidente não consiga reverter sua inelegibilidade, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, segue sendo o candidato preferido para substituí-lo, com 15%.
No entanto, 28% optaram pela alternativa “nenhum desses”, indicando que ainda não se sentem representados por nenhum dos nomes colocados em discussão até o momento.